Na terra natal de Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel enalteceu a escolha do nome da coligação 'Vila Real à Frente', liderada por Luís Tão e que junta o PSD, CDS-PP e o Aliança, salientando que faz uma homenagem ao legado do antigo primeiro-ministro.
"Eu não posso deixar de dizer que quando vejo o nome da nossa coligação 'Vila Real à Frente' tenho que falar num verdadeiro cidadão de Vila Real, que deu ao país o melhor que o país podia ter, que se sacrificou pelo país e que nos salvou da bancarrota, o Pedro Passos Coelho, que deve ser para nós uma inspiração nesta cidade e neste país", afirmou o eurodeputado social-democrata.
E continuou: "a ação da nossa coligação PSD/CDS-PP, liderada por Passos Coelho, é uma dívida que o país tem para com Vila Real e nós nunca devemos esquecer isso e eu fico muito orgulhoso de ver que aqui, o Luís Tão, na sua candidatura, e os três partidos da coligação escolheram o nome que faz homenagem a esse legado do qual todos devemos estar muito orgulhosos".
Pedro Passos Coelho liderou a coligação "Portugal à Frente" nas eleições legislativas de 2015.
Por sua vez, Nuno Melo, eurodeputado do CDS-PP, disse que cada vez que vai a Vila Real celebra a "liberdade" e lembrou o general Jaime Neves, a quem disse que o país deve uma "merecida homenagem".
"Acontece que aqui nasceu e por Portugal combateu aquele que permitiu que, em liberdade, estivéssemos aqui a apresentar esta candidatura, o nome Jaime Neves, o nosso general, o general da democracia em Portugal", frisou.
"Temos ouvido de Norte a Sul nestas eleições candidatos socialistas a atirarem para cima das urnas a dita bazuca. Nunca souberam fazer outra coisa deste que foi instaurada a democracia em Portugal que é atirar dinheiro para cima dos problemas", salientou.
E, para o eurodeputado é "simplesmente vergonhoso" que o dinheiro da bazuca seja "invocado como argumento de campanha por quem, sendo socialista, não perceba nisso a maior perversão do sentido democrático desta disputa".
"Mal seria que um candidato autárquico tivesse vantagem do dinheiro da Europa, que é como quem diz, do dinheiro dos contribuintes, por ser socialista. Porque, se assim fosse, não vivíamos numa democracia", salientou.
Melo e Rangel juntaram-se para apelar ao voto na coligação que a 26 de setembro quer conquistar a Câmara de Vila Real ao PS.
Paulo Rangel disse que sente que "há regressão e que a cidade está a andar para trás", que "não há visão, não há ambição, não há projeto, há apenas tentativa de, com um domínio tentacular, quase molecular, tentar manter o poder".
"A cidade está a mirrar, claro há projetos faraónicos que não mudam a vida das pessoas, servem para gastar os fundos e servem para gastar fundos quase sem fundo. Não há obra social, económica, não há visão", frisou o eurodeputado.
O cabeça de lista pela coligação lembrou que o concelho perdeu, na última década, 4,3% da sua população e que a taxa e desemprego é 7,4% e, por isso, salientou que a "dinamização económica e a criação de emprego" são prioridades nos próximos anos.
Luís Tão quer criar um plano estratégico de desenvolvimento económico e social, um prémio de empreendedorismo, referiu que a autarquia tem que assumir a si a "responsabilidade de encontrar incentivos para atrair profissionais de saúde", frisou que a missão de um presidente é "resolver o problema das pessoas" e que pretende criar uma equipa municipal de apoio ao idoso e ao munícipe em fragilidade.
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