No final de uma arruada da campanha autárquica em Lisboa, Catarina Martins foi de novo questionada sobre o alívio das restrições devido à pandemia hoje decididas pelo Governo, reiterando que a troca de acusações sobre eleitoralismo no timing destas medidas "é uma conversa que não interessa a ninguém".
"O que interessa é saber se o país está a conseguir ter uma vacinação eficaz, se as vacinas funcionam, se as pessoas aderem às vacinas e se podemos avançar para o desconfinamento", afirmou, depois de, da parte da manhã, ter considerado um erro fazer um "braço de ferro eleitoral" sobre a pandemia.
As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, de acordo com a líder do BE, "não são novidade" uma vez que "é o que se esperava se corresse tudo bem".
"Claro que há ainda cuidados que devem ser tidos, vai ser preciso muita pedagogia sobre o significa também esta fase de desconfinamento, é preciso apoiar muito o SNS, os seus profissionais que estão exaustos, a sua capacidade de retomar os cuidados não covid", advertiu.
No entanto, para Catarina Martins há um sentimento de "um imenso orgulho num país em que a população aderiu à vacinação e foi responsável", para além de elogiar um "SNS que tem esta relação de confiança com a população e esta capacidade incrível no terreno de ter dado a toda a gente, de forma gratuita e em todo o país, a vacina de que precisavam".
O primeiro-ministro anunciou hoje que o país está "em condições de avançar" para a terceira e última fase do desconfinamento e adiantou que, na próxima semana, deverá ser atingida a meta de 85% da população com a vacinação completa.
Durante a conferência de imprensa, António Costa recusou as críticas de eleitoralismo pelo anúncio do alívio de restrições por causa da covid-19 a três dias das eleições autárquicas, contrapondo que as medidas agora anunciadas foram calendarizadas em 29 de julho.
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