Polémica à parte, controlo da pandemia "não é um cartaz turístico"

O secretário-geral do PS, António Costa, desvalorizou esta quinta-feira as declarações do secretário de Estado da Internacionalização sobre a Covid-19, mas realçou que a maneira como Portugal controlou a pandemia "não é um cartaz turístico".

Notícia

© Lusa

Lusa
23/09/2021 20:39 ‧ 23/09/2021 por Lusa

Política

Governo

"O secretário de Estado estava a fazer uma intervenção em que explicava que, relativamente a esta situação, Portugal, indiscutivelmente e isso é claro, provou bem [a sua capacidade] no contexto internacional. Agora, não é um cartaz turístico", disse António Costa, questionado pelas declarações de Eurico Brilhante.

Costa falava esta quinta-feira aos jornalistas durante uma ação de campanha em Ponta Delgada, nos Açores, tendo em vista as eleições autárquicas de domingo.

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro rejeitou ainda a acusação de eleitoralismo devido ao anúncio desta quinta-feira, no penúltimo dia de campanha eleitoral para as autárquicas, do fim de várias medidas de restrição para controlar a covid-19, como o fim da recomendação da opção pelo teletrabalho e a eliminação da testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores.

Segundo disse, "não faria o menor sentido" continuar com as restrições, uma vez que 83,5% da população já está vacinada contra a covid-19.

"Qual eleitoralismo? Isso aliás resulta do esforço do conjunto dos portugueses. Todas as medidas de restrição que foram sendo adotadas (...) são medidas de restrição dos nossos direitos que só são justificadas na estrita medida em que sejam necessárias", afirmou.

António Costa lembrou ainda que o calendário para a fase final do desconfinamento foi apresentado a 29 de julho.

"A única coisa nova hoje foi ter-se confirmado, como estava previsto, graças à adesão massiva dos portugueses, que estamos a dias de alcançar este objetivo dos 85% [da população vacinada] e, portanto, no dia 01 de outubro estamos em condições de passar à terceira fase", assinalou.

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante, disse esta quinta-feira, durante o salão de vestuário e têxtil Première Visio, em Paris, que o interesse por Portugal nos mercados internacionais continuou em tempos de covid-19 e a forma como país lidou com a pandemia favoreceu a imagem do país.

Questionado pelos jornalistas sobre o desempenho da marca 'Made in Portugal', o governante afirmou: "Vou dizer uma coisa que talvez não seja politicamente correta. Nós ganhámos com a covid-19. E ganhámos porquê? Porque Portugal foi um país que, tendo as suas dificuldades, enfrentou a covid-19 com bastante êxito".

"Faleceram pessoas e muitas pessoas passaram muito mal, mas Portugal mostrou-se um país muito organizado, que enfrentou uma realidade muito disruptiva com sucesso. Rapidamente em 2020 fomos das primeiras economias a reabrir e a mostrar que a economia estava aberta e isso teve um efeito positivo sobre a marca Portugal", declarou o secretário de Estado.

Leia Também: Rio critica secretário de Estado por declarações "ridículas" sobre Covid

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas