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Moedas? CDU rejeita fazer "política de terra queimada" em Lisboa

João Ferreira, eleito vereador de Lisboa nas autárquicas de domingo, assegura que a CDU "proporá e apoiará todas as medidas que considere positivas, ao mesmo tempo que rejeitará e combaterá tudo o que for negativo para Lisboa e para quem nela vive e trabalha".

Moedas? CDU rejeita fazer "política de terra queimada" em Lisboa
Notícias ao Minuto

08:50 - 29/09/21 por Melissa Lopes

Política Autárquicas 2021

João Ferreira recorreu ao Twitter para comentar o resultado das eleições autárquicas de domingo e que levaram à eleição de Carlos Moedas, da coligação de Direita, como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. 

O comunista, eleito vereador no sufrágio, assume as "profundas divergências" em relação ao programa de Moedas, mas garante que a CDU fará parte das soluções para os problemas da cidade. 

"O projecto e a visão da CDU para Lisboa comportam, obviamente, profundas e significativas divergências face ao programa de Moedas. Divergências que ficaram evidentes sempre que, no passado, PSD-CDS assumiram responsabilidades no governo da cidade", começou por apontar, salientando  que a CDU se afirmou, nessas alturas de presidências PSD-CDS, "como a mais combativa e consequente força de oposição na cidade, a força da alternativa necessária".

Assim, prosseguiu, no quadro resultante das eleições de domingo, "o reforço da CDU em Lisboa é um dado que pesará no curso da vida na cidade, nos próximos anos" fazendo parte das "soluções". 

"A força com que a CDU sai destas eleições é a força que os seus eleitos irão transportar para a intervenção na CML, AML e freguesias. Uma força que contará, sejam quais forem as circunstâncias, para construir soluções para os problemas que Lisboa enfrenta e para rejeitar e combater caminhos e opções que agravem esses problemas. Mas também para ouvir, envolver e mobilizar as populações para as lutas a travar", escreveu.

Por fim, sublinhando que rejeitará "qualquer política de 'terra queimada', que abra espaço a estratégias de vitimização", garante que a "CDU proporá e apoiará todas as medidas que considere positivas, ao mesmo tempo que rejeitará e combaterá tudo o que for negativo para Lisboa e para quem nela vive e trabalha"

Em Lisboa, numa lista encabeçada novamente por João Ferreira, a CDU (PCP/PEVV) foi a terceira força mais votada no domingo. Os comunistas conseguiram mais 1.410 votos do que em 2017 (passou de 24.110 para 25.520), mantendo assim dois vereadores.

O Bloco de Esquerda, que conseguiu manter o mandato com a eleição de Beatriz Gomes Dias, considerou esta terça-feira que "há uma maioria" de esquerda na Câmara que pode "travar retrocessos que a direita queira impor" na autarquia que agora vai liderar, prometendo empenho do partido neste trabalho. 

Na conferência de imprensa para fazer o rescaldo da noite eleitoral autárquica, na qual assumiu o "mau resultado" do Bloco, Catarina Martins reiterou a ideia que já tinha defendido na declaração preliminar de domingo à noite, ou seja, que o partido "não faz coligações com a direita".

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