Crise política à vista? "Sinto que fiz o que tinha a fazer"

Marcelo Rebelo de Sousa garante que tomou diligências complementares para tentar um acordo entre os partidos "até ao início do debate" no Parlamento.

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Tomásia Sousa
26/10/2021 19:42 ‧ 26/10/2021 por Tomásia Sousa

Política

Presidente da República

O Presidente da República garante que fez tudo o que podia fazer para evitar uma crise política resultante da não aprovação do Orçamento de Estado para o próximo ano.

"Sinto que fiz o que tinha a fazer", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à margem da Conferência “Recuperar a Saúde, já!”, promovida pela Convenção Nacional da Saúde (CNS).

O chefe de Estado adiantou ainda aos jornalistas que, até ao início do debate que teve hoje lugar na Assembleia da República, fez "diligências complementares para ver se era possível chegar a um entendimento", mas não quis avançar que diligências foram essas.

Eu não especifico diligências que faço. Achava que devia fazê-las dentro do que era possível num determinado contexto. No fundo, foram vários os que intervieram ao longo deste processo. E agora a palavra é da Assembleia da República, o debate está a correr, vai correr".

Marcelo reiterou que o melhor "para o país é o acordo" e, questionado sobre os partidos responsáveis pela crise, diz que "não se ganha nada em estar a apurar responsabilidades".

Sem querer antecipar cenários, o Presidente prefere aguardar pela decisão final dos partidos, amanhã, e garante que "é a Assembleia da República que vai decidir, com o voto dos deputados".

"E é tão legítimo decidir de um sentido como decidir noutro sentido - as consequências políticas são diferentes num caso e noutro. E, portanto, o Presidente da República tem de respeitar o funcionamento das instituições", frisou.

O debate do Orçamento do Estado para 2022 na Assembleia da República na generalidade começou hoje e termina na quarta-feira, com a votação da proposta do Governo.

[Notícia atualizada às 22h14]

Leia Também: História mostra que coligações PSD/CDS são mais instáveis, frisa Costa

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