O Presidente da República garante que fez tudo o que podia fazer para evitar uma crise política resultante da não aprovação do Orçamento de Estado para o próximo ano.
"Sinto que fiz o que tinha a fazer", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à margem da Conferência “Recuperar a Saúde, já!”, promovida pela Convenção Nacional da Saúde (CNS).
O chefe de Estado adiantou ainda aos jornalistas que, até ao início do debate que teve hoje lugar na Assembleia da República, fez "diligências complementares para ver se era possível chegar a um entendimento", mas não quis avançar que diligências foram essas.
Eu não especifico diligências que faço. Achava que devia fazê-las dentro do que era possível num determinado contexto. No fundo, foram vários os que intervieram ao longo deste processo. E agora a palavra é da Assembleia da República, o debate está a correr, vai correr".
Marcelo reiterou que o melhor "para o país é o acordo" e, questionado sobre os partidos responsáveis pela crise, diz que "não se ganha nada em estar a apurar responsabilidades".
Sem querer antecipar cenários, o Presidente prefere aguardar pela decisão final dos partidos, amanhã, e garante que "é a Assembleia da República que vai decidir, com o voto dos deputados".
"E é tão legítimo decidir de um sentido como decidir noutro sentido - as consequências políticas são diferentes num caso e noutro. E, portanto, o Presidente da República tem de respeitar o funcionamento das instituições", frisou.
O debate do Orçamento do Estado para 2022 na Assembleia da República na generalidade começou hoje e termina na quarta-feira, com a votação da proposta do Governo.
[Notícia atualizada às 22h14]
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