Ventura defende que chumbo do OE dita "morte" do Governo e da geringonça

O deputado único do Chega, André Ventura, defendeu hoje que a proposta orçamental "tira de um lado e vai buscar ao outro" e considerou que o seu chumbo irá ditar a morte do Governo e da atual maioria parlamentar.

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Lusa
27/10/2021 17:05 ‧ 27/10/2021 por Lusa

Política

OE2022

No encerramento do debate de apreciação, na generalidade, da proposta de lei do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), André Ventura alegou que a "grande maioria de esquerda" gerou "o maior empobrecimento que alguma vez Portugal tinha visto nos últimos anos".

Segundo o deputado único do Chega, a proposta de Orçamento do Estado não dá respostas nem na área da cultura, da educação, ou do combate à corrupção, referindo-se designadamente às críticas feitas pelo diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Albano Pinto, que afirmou que o seu departamento está sem meios.

"Foi isto que conseguiram com seis anos ou sete de geringonça e com seis anos ou sete de pactos socialistas", afirmou.

André Ventura considerou também que a proposta orçamental continua a sustentar "os mesmos de sempre e aqueles que não querem fazer absolutamente nada", defendendo que o Governo socialista e os parceiros de esquerda estão a "virar a cara" aos portugueses que "trabalharam" e se "esforçaram".

"É o imposto que tinham dito que não havia no combustível, é a água, é tudo o que são meios de primeira necessidade. Olhamos para este orçamento e percebemos que o Governo tira de um lado e vai buscar ao outro, é o 'orçamento balança', que vai querer dar num lado para tirar do outro, mas o outro são sempre os mesmos", disse.

O deputado do Chega afirmou assim que espera que os "portugueses em breve tenham a oportunidade de penalizar devidamente" o Governo socialista, argumentando que os cidadãos "fartos deste sistema" irão, "cedo ou tarde", "livrar-se dele quando chamados às urnas em Portugal".

"Este Governo morre hoje aqui no Parlamento, (...) esta maioria parlamentar morrerá hoje neste Parlamento, e esta geringonça que nos governou morre hoje também", frisou.

André Ventura perspetivou ainda que o primeiro-ministro, António Costa, "vai agora atrás do seu sonho, o sonho que levou um dia José Sócrates em busca da maioria absoluta".

"Mas o povo português é muito sábio e há um ditado que diz que Deus dá sono, mas não dorme. O Chega não vai dormir e nós aqui estaremos para resistir e continuar a lutar, para que aquelas parangonas de 'fascismo nunca mais' e 'direita nunca mais', sejam em Portugal substituídas pelo que interessa, que é 'socialismo nunca mais'", afirmou.

Leia Também: Governo acabou, diz Ventura. Costa refere que alegria ilustra "erro"

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