"Não se permitiu que as eleições fossem o mais rapidamente possível. O dia 16 de janeiro, como tínhamos dito, era também uma possibilidade para que o próximo Orçamento do Estado possa entrar o mais rapidamente possível em funções", referiu a deputada ecologista Mariana Silva, nos Passos Perdidos, na Assembleia da República.
A deputada disse parecer que "esta preocupação" de não haver um Orçamento do Estado o quanto antes "afinal já não é assim tão preocupante" e insistiu na mensagem transmitida durante as audiências com Marcelo Rebelo de Sousa.
"'Os Verdes' informaram o Presidente da República de que existiam outros instrumentos, e não só a dissolução do parlamento, depois do 'chumbo' do Orçamento do Estado", disse.
O Presidente da República anunciou hoje que vai dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro.
"Uma semana e um dia depois da rejeição do Orçamento para 2022 encontro-me em condições de vos comunicar que decidi dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para o dia 30 de janeiro de 2022", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa.
O chefe de Estado defendeu que "em momentos como este existe sempre uma solução em democracia, sem dramatizações nem temores, faz parte da vida própria da democracia: devolver a palavra ao povo".
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