No final da reunião no Infarmed, em Lisboa, que juntou hoje especialistas e políticos para analisar a evolução da pandemia de covid-19, a dirigente da Iniciativa Liberal Carla Castro criticou a ideia de Portugal "importar medo e realidades de outros países que não corresponde" á situação nacional.
"É bastante evidente - e nunca descurando o papel de cada um na sua responsabilidade -- que há claramente uma responsabilidade enorme do lado do Governo para garantir um processo de vacinação célere e atempado", afirmou.
A liberal deixou um "último apelo" a um executivo com quem sabe que "não é fácil" falar "sobre racionalidade, boa gestão, dados ou uma gestão com base em ciência".
"Há um limite: não façam uma gestão com base em ciclos políticos", pediu.
Carla Castro avisou ainda que não é apenas o plano de vacinação que importa controlar já que "o não covid não pode ser descurado".
Sobre as restrições, os liberais recusam "ouvir falar das escolas fechadas, das grávidas sem acompanhantes de idosos sem visitas, de parques fechados".
"Queremos falar de condições adequadas para continuarmos a viver as nossas vidas, as nossas vidas sociais, a nossa saúde mental, a nossa a atividade. As restrições não são forma de gerir nem a política nem a nossa vida", apontou.
A covid-19 provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.300 pessoas e foram contabilizados 1.117.451 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Leia Também: AO MINUTO: Rt acima de 1 no país; Medidas "inconstitucionais" na Madeira?