Líder da JS afirma que Governo PSD só é viável com extrema-direita

O secretário-geral da JS considerou hoje que um futuro Governo do PSD, na sequência das próximas eleições legislativas, só é viável se for suportado pela "extrema-direita" do Chega, excluindo desta forma qualquer solução que englobe o PS.

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Lusa
18/12/2021 20:26 ‧ 18/12/2021 por Lusa

Política

Legislativas

Esta posição foi transmitida por Miguel Costa Matos, que é candidato a deputado pelo PS em sétimo lugar no círculo de Lisboa, no encontro nacional de jovens promovido pela JS, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa e que foi encerrado pelo líder socialista, António Costa.

Miguel Costa Matos advogou que as eleições de 30 de janeiro próximo "vão ser decisivas", alegando que a escolha "é entre um Governo de esquerda", cuja fórmula não especificou, "ou um Governo de direita".

"E um Governo de direita só é viável com o apoio da extrema-direita", concluiu o líder dos jovens socialista, numa intervenção em que também procurou apresentar "as conquistas da JS" nestes últimos anos no parlamento.

Miguel Costa Matos disse que a JS elegeu diretamente sete deputados na sequência das legislativas de 2019, tendo chegado, depois, com entradas e saídas da Assembleia da República, a ter nove elementos no parlamento.

"A JS conseguiu o acesso de muitos estudantes à época especial de exames, bateu-se pela concretização do complemento à bolsa de estudo e por propinas com um valor mais baixo", declarou, antes de se referir à aprovação de um projeto para o "direito ao esquecimento" para os sobreviventes de doenças graves.

Depois de aludir à antecipação em cinco anos da meta da neutralidade carbónica em Portugal - uma das principais medidas constantes na Lei de Bases do Clima -, assim como ao fim da discriminação dos dadores de sangue em função da sua orientação sexual, o secretário-geral da JS prometeu lutar pela gratuitidade do passe social de transportes, pelo acesso a psicólogos nos centros de saúde e pela consagração de novos modelos de acesso ao Ensino Superior, entre outras medidas.

Durante este encontro, vários dirigentes da JS defenderam a legalização do consumo da canábis e da prostituição.

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