"É evidente que as pessoas querem perceber o que é que vai acontecer no pós-troika e nós temos também que dizer e que mostrar e que apaziguar as expetativas dessas pessoas", afirmou, lembrando que os residentes estrangeiros são também investidores em Portugal, empreendedores e empresários.
"A mensagem que passa é que as pessoas não sabem o que hão de esperar", afirmou, sublinhando que Portugal é um país "naturalmente estável e seguro" e que tem sido "tranquilo", características que devem ser transmitidas à comunidade estrangeira.
O secretário de Estado adjunto do ministro adjunto do Desenvolvimento Regional falava à agência Lusa à margem de uma visita de trabalho no Algarve - que marca o arranque de uma ronda pelo país -, durante a qual esteve reunido com representantes da comunidade do Leste europeu, uma associação de proprietários estrangeiros e com o reitor da Universidade do Algarve.
De acordo com o governante, as pessoas com quem falou mostraram "alguma preocupação com a situação do país e com o que vai acontecer depois da 'troika'", tendo ficado planeado um encontro ou seminário de esclarecimento à comunidade estrangeira sobre o tema.
Segundo Pedro Lomba, outras das preocupações que os residentes estrangeiros lhe manifestaram estão relacionadas com as infraestruturas de saúde, com a necessidade de simplificar os contactos com a Administração Pública e a resposta em situações de emergência ou insegurança.
O secretário de Estado lembrou que o Algarve tem 62 mil imigrantes documentados, o que numa população de 450 mil pessoas representa 13% da população, quando em Lisboa essa percentagem é de 8% e em Setúbal de 5%.
Durante a visita ao Algarve, Pedro Lomba reuniu-se com a Associação dos Proprietários Estrangeiros em Portugal e visitou a Associação CAPELA - Centro de Apoio à População Emigrante de Leste Europeu e Amigos e o Centro Nacional de Apoio ao Imigrante de Faro.
O governante esteve ainda reunido com o presidente da Câmara de Faro e com o reitor da Universidade do Algarve.