"Tenho o maior respeito e admiração por David Sassoli, um homem profundamente empenhado na defesa do Parlamento e um defensor da democracia de toda a vida. Um colega gentil, simpático e dialogante. Um presidente que trabalhou arduamente para que o Parlamento mantivesse o seu papel e para que o seu funcionamento fosse democrático em tempos de pandemia", declarou a eurodeputada Marisa Matias.
Numa declaração à Lusa, Marisa Matias recordou que no último ano trabalhou, "com muito gosto, diretamente com ele", quando, a seu pedido, coordenou um grupo de reflexão para melhorar as condições do teletrabalho e do multilinguismo em tempos de pandemia.
"Sinto que lhe devemos um agradecimento sincero. Parte cedo demais", concluiu a deputada do Bloco.
O presidente do Parlamento Europeu morreu hoje aos 65 anos de idade, após mais de duas semanas num hospital em Itália, devido a uma disfunção do seu sistema imunitário.
David Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo, França, e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do Parlamento, regressando no final do ano.
Na próxima semana, na primeira sessão plenária do ano, o Parlamento Europeu deverá eleger um presidente da assembleia, algo que já estava previsto a meio da atual legislatura, e não relacionado com o estado de saúde de Sassoli.
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