Estas críticas ao líder do PSD foram feitas por António Costa no encerramento de um comício no auditório do Instituto Politécnico da Guarda, após a intervenção da cabeça de lista socialista por este círculo eleitoral, a ministra e dirigente socialista Ana Mendes Godinho.
O líder socialista considerou que o programa do PSD "é um bocado como aqueles contratos de seguros, onde é preciso ler aquelas letras pequeninas que habitualmente nos apanham na distração".
"Não sei se já repararam, mas o doutor Rui Rio faz uma campanha eleitoral onde não diz nada do que efetivamente quer fazer. Limita-se a passear pelas ruas, a sorrir, a ser simpático, a acenar. Depois, quanto a falar das políticas em concreto, a falar daquilo que quer efetivamente fazer, ou quais os compromissos que efetivamente assume, está quieto. Não assume nenhum compromisso", acusou.
Segundo António Costa, Rui Rio não assume compromissos "porque sabe se dissesse mesmo aos portugueses ao que vem, então os portugueses perceberiam bem que não é com ele que querem ir".
Neste contexto, o líder socialista traçou linhas de demarcação entre o PS e o PSD em matéria de impostos, atacando uma vez mais a prioridade do PSD "de dar uma borla fiscal" a todas as empresas, enquanto o PS se apresenta seletivo na descida do IRC e pretende baixar "já em 2022 o IRS para a classe média, para as famílias com filhos e para os jovens em início de vida ativa".
No círculo eleitoral da Guarda, nas legislativas de 2019, o PS bateu por cerca de dois mil votos o PSD, conseguindo dois dos três mandatos em disputa e 37,55% dos votos. O objetivo dos socialistas para as eleições de 30 de janeiro é manter este resultado.
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