Costa diz que pensões são sagradas e com Segurança Social "não se brinca"
O secretário-geral do PS afirmou hoje que as pensões são sagradas e com a sustentabilidade da Segurança Social "não se brinca", depois de caracterizar como "uma aventura" a ideia do PSD a favor de um sistema misto.
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Política Legislativas
No comício socialista da Guarda, António Costa voltou a eleger o tema da Segurança Social para atacar o PSD -- um assunto em que disse que os sociais-democratas já têm um passado de corte de pensões com o executivo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho.
"Quando o PSD usa palavras doces como sistema misto ou cooperação entre privado e Estado, verdadeiramente o que quer dizer é que nós, portugueses, deixamos de ter segurança na sustentabilidade da Segurança Social", disse.
Para António Costa, o que "verdadeiramente o PSD quer dizer é que deixa de haver segurança" nas pensões.
"E se há algo que temos de dizer ao PSD é que com a Segurança Social não se brinca, as pensões são sagradas e nada, nada, nada pode ameaçar o futuro da nossa Segurança Social pública", afirmou.
Na questão da Segurança Social, o primeiro-ministro advogou que o seu Governo aumentou a sustentabilidade do sistema nos últimos anos, que o objetivo é ainda aumentar mais e destacou como fator fundamental a existência de um "pacto de confiança intergeracional."
Um pacto que, de acordo com António Costa, já foi posto em causa no executivo PSD/CDS-PP, de Pedro Passos Coelho, quando cortou pensões em pagamento, mas o Tribunal Constitucional travou, precisamente por atentar contra esse contrato de confiança.
"O que o PSD hoje nos propõe é uma aventura. Eles descrevem com um ar sorridente que é um sistema misto, onde parte dos descontos ficam no Estado e outra é entregue ao mercado. Mas há um problema, desde logo porque, na fase inicial, são necessárias transferências do Orçamento para financiar as pensões em pagamento", apontou o líder socialista.
Para António Costa, caso o Estado seja forçado a fazer essas transferências do Orçamento para a Segurança Social, torna-se então quase impossível reduzir o défice.
O "segundo problema", completou, é que a parte dos descontos que vai para o mercado "não está segura", dando então o exemplo das poupanças perdidas por milhões de famílias dos Estados Unidos da América na crise financeira de 2008.
"São jogadas no mercado da bolsa", acentuou.
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