Rio saúda Santos Silva por admitir "acordo de cavalheiros"

O presidente do PSD, Rui Rio, saudou hoje a posição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santo Silva, que considerou que poderá ser necessário um "acordo de cavalheiros" entre PS e PSD para viabilizar soluções minoritárias de governo.

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Lusa
28/01/2022 15:06 ‧ 28/01/2022 por Lusa

Política

Legislativas

uma declaração civilizada e que ajuda francamente à governabilidade", declarou Rui Rio, instado pelos jornalistas a comentar a posição do ministro socialista transmitida durante um debate na CNN Portugal.

"Essa [declaração] eu tenho como positiva, vem no sentido daquilo que eu próprio tenho vindo a dizer. Se a questão do PS é o Chega estar fora da equação, isso estou a dizer desde sempre que está. Não é fora do parlamento, isso são os portugueses que determinam", sublinhou.

Falando aos jornalistas à margem de uma visita à Liga dos Bombeiros Portugueses, em Lisboa, Rui Rio disse ver agora como provável uma nova 'geringonça' se o PS ganhar as eleições legislativas marcadas para o próximo domingo.

"É notório que o doutor António Costa andou a dizer durante três semanas, um mês, que era impossível voltar a reeditar a geringonça -- e eu percebo isso porque nós tivemos um Orçamento do Estado de 2022 que foi chumbado pela geringonça", disse.

E prosseguiu: "Nos últimos dois, três dias passou a haver condições, portanto, neste momento, a perceção que eu tenho é que é mais ou menos indiferente uma pessoa votar no PS ou no BE, porque as coisas vão dar mais ou menos ao mesmo sítio, está visto que querem reeditar a denominada geringonça, pelo menos com o BE, mas o PCP também não se põe completamente de fora".

Insistindo em que votar no PCP, no BE e no PS "vai dar tudo mais ou menos ao mesmo", e ou os portugueses querem "um Governo idêntico àquele que têm tido", ou querem "uma alternativa e só há uma possibilidade, que é votar no PSD", reiterou.

"Porque qualquer outro voto, direta ou indiretamente, vai dar ao doutor António Costa", referiu, sugerindo que à direita "é que é diferente: se os votos se dispersarem, ganha o PS, não ganha o PSD", ilustrou.

Relativamente às sondagens que têm sido divulgadas nos últimos dias, que dão uma vitória ao PS, mas por uma ligeira diferença relativamente ao PSD, Rio disse que o habitual é as sondagens darem inicialmente o PS "sempre à frente" e quando se aproximam das eleições "começam a corrigir para se aproximar mais daquilo que é a verdade, que é para dizerem que não se enganarem".

"No entanto, passaram meses e meses a tentar desmoralizar um e moralizar outros. Agora, há algum português que ainda acredita nalguma sondagens, algum acredita nisso? Neste momento eu posso dar os parabéns ao PS porque nas sondagens ganhou. Mas isso ganha sempre nas sondagens, agora vamos ver nas eleições de domingo (...) Aqui em Lisboa, onde estamos neste momento, também foi uma vitória esmagadora nas sondagens", ironizou.

Leia Também: Cotrim Figueiredo critica PSD por admitir "acordo de cavalheiros" com PS

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