"Nós temos de estar todos dispostos a algum sacrifício para punir a Rússia (...) Se nós fizemos sanções muito pesadas à Rússia, também sofremos com elas", disse hoje à rádio RTV Lusa, durante uma visita a Londres no âmbito da campanha para as eleições legislativas, cujo voto vai ser repetido no círculo da Europa.
O antigo presidente da Câmara Municipal do Porto previu um aumento da inflação, juros de empréstimos bancários e da dívida pública devido à deterioração da economia mundial.
"Devemo-nos compenetrar que, face àquilo que o povo ucraniano está a passar e a sofrer, nós darmos esse nosso contributo de alguma baixa de atendimento e de alguma dificuldade económica em prol deles, mas não é deles, é de todos nós porque se a Rússia não tiver uma punição exemplar, a Rússia vai continuar, amanhã entra na Geórgia ou sei lá bem onde", justificou.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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