Solução é dissolver a NATO? As reações ao discurso de Jerónimo

Apesar de ter demarcado o seu partido do poder russo liderado por Vladimir Putin, as declarações do secretário-geral do PCP no comício comemorativo do 101.º aniversário do partido, este domingo, geraram uma onda de críticas.

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Notícias ao Minuto
07/03/2022 09:02 ‧ 07/03/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Ucrânia

O discurso de Jerónimo de Sousa, num comício comemorativo do 101.º aniversário do PCP, no Campo Pequeno, continua a gerar críticas, depois de o secretário-geral comunista ter defendido a dismilitarização da União Europeia e a dissolução da NATO.

No Twitter, o economista Luís Aguiar-Conraria, professor catedrático da Universidade do Minho, começa por ironizar: "Grande discurso de Jerónimo de Sousa".

Depois, o docente escreve que esse discurso "começa por identificar os primeiros culpados pela invasão da Ucrânia pela Rússia", que são, para Jerónimo, "os EUA, a União Europeia e a NATO".

 

 

"Depois, identifica os que ganham com a guerra e o seu prolongamento: os Estados Unidos", acrescenta, numa outra publicação.

"Finalmente, apresenta as soluções: acabar com as sanções económicas e dismilitarizar a União Europeia. Brilhante. Olha se apoiassem o imperialismo russo", apontou ainda Luís Aguiar-Conraria.

 

 

Também o jornalista Carlos Vaz Marques criticou a posição do partido, fazendo referência a um lapso de Jerónimo durante o discurso.

Mas as críticas não se ficaram por aqui. Nas redes sociais, multiplicaram-se as palavras de condenação ao discurso de Jerónimo de Sousa.

 

 

 

 

 

"O PCP não apoia a guerra. Isso é uma vergonhosa calúnia"

Recorde-se que o secretário-geral do PCP demarcou, no domingo, o seu partido do poder russo liderado por Vladimir Putin e apelou à paz na Ucrânia, queixando-se de que esta guerra tem sido "pretexto para uma nova campanha anticomunista".

Num comício comemorativo do 101.º aniversário do PCP, no Campo Pequeno, em Lisboa, em que se gritou "paz sim, guerra não", Jerónimo de Sousa condenou "a recente intervenção militar da Rússia na Ucrânia e a intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia".

"O PCP não apoia a guerra. Isso é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz. O PCP não tem nada a ver com o Governo russo e o seu Presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos", afirmou.

Em seguida, o secretário-geral do PCP acusou os Estados Unidos da América de há muito tempo levarem a cabo uma "estratégia de escalada armamentista e de dominação imperialista" e de terem promovido um "golpe de Estado" na Ucrânia em 2014, "que instaurou um poder xenófobo e belicista".

Leia Também: PCP demarca-se de Putin, pede paz e queixa-se de campanha anticomunista

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