Na conferência do PPE (Partido Popular Europeu) esta quinta-feira, o líder do PSD aproveitou a oportunidade para falar da questão da invasão russa à Ucrânia, que domina a agenda política internacional nas últimas semanas.
Numa curta intervenção, o ainda líder da oposição, afirmou que o que se pode esperar do PPE é "uma estratégia de combate à Rússia que passa não pelo ataque militar mas pelo atrofiamento do desenvolvimento da economia da Rússia".
“Dentro do possível, temos de ser implacáveis com a Rússia” diz ainda, apesar de alguns países como a Alemanha serem mais dependentes do ponto de vista energético deste país.
Questionado se as sanções devem ir mais longe, respondeu afirmativamente, referindo que "as sanções [à Rússia] devem ir o mais longe possível e nós todos temos de ter consciência e transmitir isso às populações" mesmo que estas tenham "um efeito ricochete e um custo que neste momento é mais evidente com o aumento do preço dos combustíveis".
Em relação aos combustíveis acrescenta que "temos todos de pagar esse preço [elevado] em nome da paz e do equilíbrio na Europa".
“Dentro do possível, temos de ser implacáveis com a Rússia” afirmou @RuiRioPSD que manifestou ainda o espírito de união dos partidos que compõem o PPE em relação a este tema, e afirmou que as sanções devem ir o mais longe possível. pic.twitter.com/uWFwvJd3zP
— PSD (@ppdpsd) March 10, 2022
Recorda-se que a Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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