Numa nota enviada à imprensa, o partido representado no parlamento pelo deputado Rui Tavares sustenta que "este programa de governo corresponde, no essencial, ao programa eleitoral do Partido Socialista, que foi legitimado eleitoralmente nas eleições legislativas do passado dia 30 de janeiro com a constituição de uma maioria absoluta".
"O Livre reserva-se o direito de crítica e discordância relativamente ao programa apresentado, nas matérias em que existem posições divergentes entre os dois partidos mas não damos apoio a manobras que visam somente a erosão do debate democrático em detrimento das discussões que importam sobre as políticas públicas que definirão o nosso futuro coletivo", lê-se na nota.
O partido diz não se rever no que classifica como uma "tentativa de derrube do governo por parte da direita anti-democrática pelo que votará contra a moção de rejeição do Programa de Governo apresentada pelo Chega".
No início da semana, o Chega anunciou que iria apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo por considerar que o documento do executivo é "propaganda eleitoral" e o "mais vago dos últimos 25 anos", anunciou o líder do partido.
O Programa do XXIII Governo Constitucional começa hoje a ser debatido no parlamento numa sessão plenária que será aberta pelo primeiro-ministro, António Costa, terminando na sexta-feira.
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