Esta posição política foi transmitida pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, na Assembleia da República, no segundo e último dia de debate do Programa do XXIII Governo Constitucional.
"O Ministério do Ambiente e da Ação Climática valorizará a cooperação entre todos os agentes e entidades, sejam municípios, associações ambientais ou empresas, procurando de forma colaborativa reforçar respostas e capacidade de enfrentar os desafios. Esta transição exigirá capacidade de decisão, mas isso não significa deixar de ouvir quem é afetado ou até mesmo quem se opõe ou contesta uma mudança", declarou Duarte Cordeiro.
Mas o membro do Governo foi mais longe nesta sua posição. Embora sem nunca se referir especificamente à questão do lítio na sua intervenção inicial, prometeu que o seu executivo não fechará "nenhuma porta, pois as portas querem-se abertas".
Segundo o ministro, "pela primeira vez, em muitos anos, o Governo quer aumentar as áreas protegidas e está a reequipar os serviços".
"Pela primeira vez, estabelecemos modelos de trabalho colaborativo que permitem às populações dos territórios de baixa densidade participar nas decisões sobre o seu futuro", sustentou.
Duarte Cordeiro disse então que à conservação da natureza e à biodiversidade são destinados este ano no fundo ambiental 19 milhões de euros, "sendo este o maior valor de sempre alocado a estas áreas".
"Ao apoio de 19 milhões de euros pelo fundo ambiental, em 2022, acresce a dotação europeia no total de 45 milhões de euros. São fundos essenciais para a rearborização de espaços verdes e criação de ilhas sombra, para a modernização e otimização de viveiros florestais públicos, para a beneficiação de parques florestais e de matas nacionais e para ações de combate à desertificação. através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo", acrescentou.
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