"Exercício livre de um direito das mulheres não podia ser enviesado"
Isabel Moreira reagiu, nas redes sociais, ao facto de o critério da IVG ter sido abandonado pelo Grupo de Trabalho. Abortos e DST não vão ser indicadores de avaliação dos médicos de família.
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Política Isabel Moreira
"O critério da IVG [Interrupção Voluntária da Gravidez] foi abandonado pelo Grupo de Trabalho. Para nós, deputados e deputadas que submetemos a pergunta à Ministra da Saúde, era evidente que o exercício livre de um direito das mulheres não podia ser enviesado".
Esta foi a reação de Isabel Moreira, deputada pelo PS, através do Twitter, à notícia desta quarta-feira à noite que deu conta de que abortos e DST não vão ser indicadores de avaliação dos médicos de família.
De recordar que o grupo de trabalho criado para a revisão do modelo de organização e funcionamento das Unidades de Saúde Familiar (USF) decidiu retirar os indicadores IVG (abortos voluntários) e DST (doenças sexualmente transmissíveis) da avaliação de desempenho dos profissionais.
O critério da IVG foi abandonado pelo Grupo de Trabalho. Para nós , Deputados e Deputadas que submetemos a pergunta à MS, era evidente que o exercício livre de um direito das mulheres não podia ser enviesado . pic.twitter.com/oLgyIjL8Uz
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) May 11, 2022
"O Grupo Técnico (GT) (...) entendeu proceder à retirada dos indicadores "Ausência de IVG" e "Ausência de ITS" da proposta de revisão dos critérios para atribuição de Unidades Ponderadas às Atividades Específicas (AE) dos profissionais inseridos em USF de Modelo B, por reconhecer que os indicadores em causa são suscetíveis de leituras indesejáveis", lê-se num documento, ao qual a agência Lusa teve acesso.
Em declarações à Lusa, o coordenador para a reforma dos cuidados de saúde primários, João Rodrigues, disse que o "que se pretende é uma boa prática na área do planeamento familiar" e não o contrário.
Já passou . pic.twitter.com/39fepAon62
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) May 11, 2022
Lembre-se ainda que Marta Temido já tinha negado qualquer intenção de penalizar profissionais de saúde que tenham assistido mulheres que optem pela IVG e garantiu que não estar em causa a opção da mulher.
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