PSD: Moreira da Silva diz que Chega nos Açores é "tema do passado"

O candidato à liderança do PSD Jorge Moreira da Silva afirmou hoje que o Chega nos Açores é "um tema do passado", porque o trabalho do líder do Governo Regional "vai permitir ao PSD ter maioria alargada".

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Lusa
24/05/2022 20:06 ‧ 24/05/2022 por Lusa

Política

PSD

"No plano regional, o Governo [Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM] tem feito um trabalho notável. Estou absolutamente seguro de que, com o trabalho liderado por José Manuel Bolieiro [social-democrata, presidente do Governo açoriano], o PSD terá condições para ter uma maioria alargada, confortável, nas próximas eleições regionais [em 2024]. Na minha perspetiva, na região, o Chega é um tema do passado. No contexto nacional, não é. E a minha posição é bem conhecida - está na moção de estratégia global", afirmou Jorge Moreira da Silva.

O candidato falava após ser recebido no Palácio de Sant' Ana, em Ponta Delgada, pelo presidente do Governo Regional dos Açores, uma coligação pós-eleitoral PSD/CDS-PP/PPM, que se comprometeu a uma candidatura conjunta nas próximas eleições regionais e fez acordos de incidência parlamentar com o Chega, enquanto o PSD fez com a Iniciativa Liberal (IL), para assegurar maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional.

Questionado sobre se aceitaria indicações de um presidente do PSD para não fazer acordos com o Chega, José Manuel Bolieiro, que é também líder regional do PSD, recusou abdicar da autonomia política da Região.

"Não abdico, em circunstância alguma, da autonomia política da Região Autónoma dos Açores em relação ao país e mesmo da autonomia das estruturas regionais do PSD em relação às estruturas nacionais, cumprindo o que é essencial -- a nossa doutrina, a nossa ideologia, os nossos valores e princípios", vincou.

Bolieiro não quis explicar qual dos candidatos do PSD apoia, frisando que, enquanto presidente do Governo dos Açores, recebeu o "bom amigo e companheiro Jorge Moreira da Silva".

"É um militante preparado para ser líder do PSD e, se for líder do PSD, é também um bom candidato para ser primeiro-ministro de Portugal. Foi o que também disse em relação ao meu outro companheiro [Luis Montenegro, também candidato à liderança do PSD]", observou Bolieiro.

O presidente do Governo explicou que, na receção aos dois candidatos, quis "sinalizar momentos de reflexão e sensibilização paras as questões autonómicas".

"Para que os líderes nacionais possam, cada vez mais, ter conhecimento e sensibilidade para as questões que importam ao desenvolvimento dos Açores. As questões partidárias ficam para o partido. Na qualidade de presidente do Governo, recebi os meus dois companheiros que podem vir a exercer funções de grande responsabilidade", frisou.

A 04 de maio, o outro candidato à liderança do PSD, Luís Montenegro, foi recebido pelo presidente do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM e líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, que manifestou apoio ao candidato nas eleições internas, destacando a sua "capacidade de preparação para liderar o PSD rumo a uma vitória eleitoral e ser o próximo primeiro-ministro de Portugal".

Relativamente à relação com o Chega, Jorge Moreira da Silva afasta, na moção de estratégia global, qualquer tipo de diálogo com aquele partido.

Nos Açores, o PS venceu as eleições de 2020 mas perdeu a maioria absoluta, pelo que PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 dos 57 deputados do parlamento regional, assinaram um acordo de governação.

A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e com o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) e o PSD um acordo com a IL.

Estes três acordos são o que garante aos partidos do Governo os três votos necessários a uma maioria absoluta no parlamento (29 votos).

As eleições diretas no PSD realizam-se daqui a uma semana, em 28 de maio, e o congresso do partido realizar-se-á de 01 e 03 de julho, no Porto.

Leia Também: PSD: Moreira da Silva desafia coragem de Montenegro para debate

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