Madeira. Nova Direita diz que classe média está "revoltada"

O cabeça de lista da Nova Direita afirmou hoje que a classe média madeirense está "completamente revoltada" por ver pessoas dependentes de subsídios "em troca de votos" e propôs a construção modelar para resolver o problema da habitação.

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Lusa
12/03/2025 15:02 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Eleições na Madeira

Paulo Ricardo Azevedo andou hoje pelo centro da cidade de Câmara de Lobos, numa ação da campanha para as eleições antecipadas na Madeira, que se realizam em 23 de março.

 

"O objetivo foi ouvir a população em Câmara de Lobos, ouvir os problemas que sentem no seu dia a dia", explicou.

Segundo o candidato, as pessoas estão fartas das promessas do PSD há anos e que nada trazem de novo" e "completamente revoltadas" por existir "tanta população a viver à base de subsídios" atribuídos pelo Governo Regional, câmaras municipais e juntas de freguesia da região "em troca de um voto".

"Não estão a ajudar as pessoas, cada vez mais complicam é a vida da classe média que trabalha para poder sustentar esses subsídios. E isso é uma realidade que se passa na ilha toda, não é só em Câmara de Lobos", argumentou.

O cabeça de lista da Nova Direita também contactou alguns ex-combatentes que disse estarem "completamente desiludidos com o PSD na Madeira" por não verem cumpridas as promessas feitas aos que "foram mandados para Angola para combater por uma causa que até hoje dizem que não valeu a pena e estão completamente desprezados pelo Governo Regional e pedem uma ajuda".

Outro problema transmitido pela população foi a falta de habitação, que é uma das bandeiras da Nova Direita, enfatizou o candidato, que defendeu uma aposta na construção modelar (em aço), referindo que "consegue dar melhor qualidade de vida do que o betão, porque já são casas antissísmicas, não têm humidades e a nível de classificação térmica é A++".

Paulo Ricardo Azevedo realçou que as casas modelares são mais acessíveis, exemplificando que um T2 "custa à volta de 60 mil euros", e considerou ser impossível ao PSD cumprir a promessa de construir 800 novas casas até 2026.

"Não vale a pena estar a bater no alojamento local porque não é a causa da falta de casas, a falta de casas é a má vontade do governo de construir casas, uma solução rápida para entregar às pessoas", opinou.

O candidato refutou que o problema seja a especulação imobiliária, vincando que "não são os estrangeiros que estão a causar isso".

"Deviam era levantar as mãos para o céu de termos estrangeiros na nossa terra, porque a nossa terra não produz nada para sobreviver, estamos sempre dependentes do turismo e dos subsídios da União Europeia e de Portugal, do governo central", argumentou.

Paulo Ricardo Azevedo defendeu também que o Governo da Madeira tem de "começar a dar respostas rápidas, atrair investimento para poder criar mão de obra e criar emprego para as pessoas poderem comprar as suas casas".

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

[Notícia atualizada às 18h26]

Leia Também: PSD/Madeira comprometido em aumentar as respostas aos desafios da saúde

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