Miranda Sarmento acredita que "PSD está unido na liderança" de Montenegro

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse hoje que acredita que o PSD "está unido na liderança de Luís Montenegro", depois da rejeição da moção de confiança que levou à queda do Governo.

Notícia

© Flickr/PSD

Lusa
12/03/2025 10:34 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Crise política

"Creio que o PSD está unido na liderança de Luís Montenegro, que será o candidato a primeiro-ministro", afirmou o governante, à margem da conferência Fórum da Banca, que se realiza hoje em Lisboa.

 

Joaquim Miranda Sarmento garantiu que o executivo "vai fazer o que normalmente um governo em gestão faz", ao "tomar as decisões correntes" e deixar preparados os processos para "as decisões mais estratégicas serem tomadas pelo próximo" executivo.

O ministro acrescentou que vai agora continuar como ministro das Finanças do governo em gestão, "ajudar a AD a ganhar as eleições" e que, "depois, o primeiro-ministro tomará as decisões" sobre uma potencial nomeação no próximo executivo.

Questionado pelos jornalistas, Miranda Sarmento rejeitou ainda que esta crise política possa pôr em risco a economia nacional.

Ainda no encontro, Miranda Sarmento fez uma espécie de balanço do mandato do atual Governo, destacando, além das medidas, a subida do 'rating' da República Portuguesa pela Morningstar DBRS em janeiro e pela Standard & Poor's em fevereiro.

"Claramente, as agências de 'rating' olham hoje para Portugal como um país seguro, estável e confiável", registou, admitindo que também a Fitch poderá "seguir as outras duas agências e também subir" a classificação portuguesa.

Para os próximos anos, Miranda Sarmento apontou "várias reformas que o país tem de fazer", destacando os setores da justiça, do sistema fiscal, do mercado laboral e, "provavelmente a menos referida, mas que é absolutamente fundamental", da gestão financeira do setor público.

"Trazê-la dos anos 80 para a realidade da segunda década do século XX, para a realidade tecnológica e de gestão dos dias modernos", sublinhou o atual ministro.

Na sessão, Miranda Sarmento registou a evolução do setor bancário nos últimos anos.

Na sua intervenção, o ministro assinalou que se o Estado mantiver a sua posição no Novo Banco "continuará a receber montantes em torno de 200 a 250 milhões de euros de dividendos".

A crise política foi desencadeada há cerca de um mês após notícias sobre uma empresa familiar que pertenceu ao primeiro-ministro, a Spinumviva, levando à apresentação de duas moções de censura do Chega e PCP, ambas chumbadas.

Face às dúvidas que os partidos continuaram a manifestar, o primeiro-ministro anunciou a apresentação de uma moção de confiança, rejeitada na terça-feira, que provocou a queda do Governo.

As dúvidas sobre antiga empresa de Luís Montenegro, que antes de ir para o Governo passou à sua mulher e mais recentemente aos seus filhos, levou o PS a apresentar uma comissão parlamentar de inquérito para produzir resultados num prazo de 90 dias.

No debate em plenário, o Governo admitiu retirar a moção de confiança caso o PS reduzisse o tempo do inquérito para 15 dias, mas o PS rejeitou.

Após uma interrupção dos trabalhos durante meia hora, o PSD fez saber que propôs ao PS que o inquérito durasse até final do mês de maio, ou seja, cerca de dois meses, proposta que também foi rejeitada pelo PS. O requerimento do PS para uma comissão de inquérito propõe um prazo de até 90 dias.

[Notícia atualizada às 11h20]

Leia Também: Governo cai "em voto de desconfiança". Que se diz lá fora sobre a crise?

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas