À saída de uma audiência de pouco mais de meia hora com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o anúncio feito minutos antes pelo procurador-geral da República de que o Ministério Público abriu uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e com a empresa Spinumviva.
"Eu não tenho nenhum comentário a fazer ao trabalho que a PGR fará. Nós temos que aguardar com cautela, com prudência e respeito pelo trabalho que as outras instituições do nosso Estado de direito democrático terão de fazer", disse apenas.
Para o líder do PS, é importante restituir "a confiança dos portugueses no primeiro-ministro, no Governo".
"O PS, eu próprio, estamos preparados para esta nova fase da vida política portuguesa. É um partido com uma grande experiência governativa, que também aprende com aquilo que correu bem, com aquilo que correu mal", assegurou.
À saída do Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, onde decorre um colóquio de Direito Penal, Amadeu Guerra explicou que foram recebidas três queixas relacionadas com a empresa da família do primeiro-ministro.
Esta averiguação preventiva tem como objetivo avaliar se existem elementos para avançar com a abertura de um inquérito.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República já tinha anunciado ter recebido uma denúncia anónima.
A informação surge um dia depois da queda do Governo, na sequência do 'chumbo' da moção de confiança apresentada pelo executivo de Luís Montenegro.
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