Ministro das Finanças faz derradeiro apelo ao PS para que viabilize moção

O ministro de Estado e das Finanças fez hoje um derradeiro apelo ao PS para que viabilize a moção de confiança ao Governo, defendendo que "a vida está melhor para todos" em Portugal

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
11/03/2025 18:57 ‧ ontem por Lusa

Política

Governo/crise

"Não estraguem o que estamos a fazer em benefício dos portugueses e de Portugal. Mas mais importante, se querem mesmo uma comissão parlamentar de inquérito, se querem mesmo total esclarecimento, viabilizem esta moção de confiança", pediu.

 

Joaquim Miranda Sarmento falava, em nome do Governo, no encerramento do debate da moção de confiança, minutos antes de o CDS-PP requerer a suspensão dos trabalhos por uma hora antes da votação.

Se os partidos mantiverem os votos anunciados, a moção de confiança será chumbada, o que implica a demissão do executivo minoritário PSD/CDS-PP.

"O país e os portugueses perguntam porque é que vamos para eleições. Perguntam porque querem o PS e o Chega eleições num contexto internacional tão difícil e exigente com resultados da governação tão bons", afirmou.

Para o ministro das Finanças, estes partidos "querem eleições porque sabem que o Governo está a governar bem, a produzir resultados".

Na sua intervenção, Miranda Sarmento fez um balanço dos onze meses de governação, considerando que "Portugal começa a mudar e está melhor".

"Após oito anos de governo socialista, marcados pelo empobrecimento, pelo aumento da carga fiscal, pelo colapso de muitos serviços públicos e um baixo investimento público, Portugal abriu um novo caminho de reformismo e mudança. Uma governação virtuosa", defendeu.

Miranda Sarmento procurou passar pelas várias da governação, dizendo que foi possível ter crescimento económico, melhor emprego e salários, reduzir impostos sobre as famílias e as empresas, melhorar serviços públicos, valorizar as carreiras da administração pública e aumentar o investimento público.

"Sem dúvida uma vida melhor para todos. Tudo isto em menos de um ano. Mas sem abdicar do equilíbrio das contas públicas e da redução da dívida pública", frisou, apontando o superavit de 2025 de 0,4% e uma previsão para este ano de 0,3% de excedente nas contas.

O ministro salientou que também o investimento privado "está a crescer de forma significativa", apontando como exemplo projetos como a fábrica da Lufthansa Technik, a fábrica de baterias elétricas da Calb, e o projeto do carro elétrico da Autoeuropa.

"Três projetos com mais de 2.000 milhões de euros de investimento e mais de 2.000 empregos diretos", frisou.

O ministro defendeu ainda que "o Governo está a fazer o maior esforço de sempre na valorização das carreiras da Administração Pública, abrangendo já cerca de metade dos trabalhadores da Administração Central", e 17 carreiras, incluindo professores, polícias, militares, médicos ou enfermeiros.

"Mas ainda há muito para fazer. Temos que continuar o programa da AD", apelou.

Antes da suspensão dos trabalhos, o debate da moção de censura tinha-se estendido por cerca de três horas e meia, mais uma do que o previsto, com muitos apartes.

A discussão ficou marcada por duas propostas: a primeira vinda da bancada do PSD para uma suspensão dos trabalhos para uma conversa entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS; e, mesmo na reta final, outra do Governo, dizendo que aceitava retirar a moção de confiança e realizar a Comissão Parlamentar de Inquérito do PS, desde que fosse em 15 dias (em vez de 90), com os ambos os reptos rejeitados.

[Notícia atualizada às 19h06]

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