Ministro Pedro Nuno Santos sobrevive a polémica e fica no Governo

O anúncio foi feito, esta quinta-feira, pelo próprio ministro das Infraestruturas e da Habitação.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Ema Gil Pires
30/06/2022 17:02 ‧ 30/06/2022 por Ema Gil Pires

Política

Aeroporto

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, vai manter-se no Governo, apesar da "falha na articulação e na comunicação" que levou à publicação do despacho relativo à nova solução aeroportuária para Lisboa, que assumiu. A informação foi avançada, esta quinta-feira, numa conferência de imprensa que teve lugar no respetivo Ministério que lidera.

Pedro Nuno Santos assumiu publicamente, em declarações aos jornalistas, a "inteira responsabilidade" por toda a situação - que disse ter sido "fruto de problemas de comunicação e de coordenação".

"Estas falhas tiveram consequências e causaram esta situação, pela qual me penalizo profundamente", explicou ainda. Mas embora sendo falhas "relevantes", estas "não mancham o trabalho que tem sido feito em conjunto com o primeiro-ministro", até mesmo antes de ambos fazerem parte do Governo, justificou.

O ministro continuou referindo que “este trabalho com o primeiro-ministro tem anos, é uma relação profissional e de amizade que obviamente não é manchada por um momento infeliz”, reforçando que ambos querem "obviamente ultrapassar este momento, retomar o trabalho em conjunto e construir a relação de confiança e de trabalho”. 

Destacando a "vontade de concretizar" os planos para uma nova solução aeroportuária para Lisboa, o ministro destacou que, agora, todo o processo passará por uma tentativa de encontrar um "consenso com o principal partido da oposição", o PSD, nomeadamente quanto à localização escolhida para o novo aeroporto. "É um trabalho em que vamos estar concentrados", acrescentou.

Perante a comunicação social, o ministro responsável pela pasta das Infraestruturas pediu ainda "desculpa" pela criação deste desentendimento, nomeadamente aos seus "colegas de Governo" e, também, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. 

Esta informação surge na sequência da crise política que, esta quinta-feira, se instalou sobre o Governo. Isto depois de, na quarta-feira, o Ministério das Infraestruturas ter divulgado o seu plano para uma "Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa”.

Esta solução previa, nomeadamente, a criação imediata de um aeroporto complementar no Montijo, até 2026, para depois se dar início aos trabalhos de um novo aeroporto em Alcochete, com capacidade de substituir integralmente o aeroporto Humberto Delgado em 2035.

Porém, o primeiro-ministro português acabaria, já hoje, por ordenar a revogação desse mesmo despacho, segundo a informação avançada em comunicado enviado às redações. A solução avançada por Pedro Nuno Santos acerca do modelo para um novo aeroporto acabaria, assim, por ser anulada.

Toda esta situação acabaria por deixar algumas dúvidas acerca da permanência do ministro Pedro Nuno Santos no Governo, algo que acabaria agora por ser esclarecido. 

[Notícia atualizada às 17h20]

Leia Também: Aeroporto: Ambientalistas saúdam recuo em relação ao Montijo

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