Se António Costa acusou, na terça-feira, André Ventura de 'falar, falar, falar', mas "nem uma propostazinha apresentar", nas redes sociais os responsáveis do partido tentavam 'calar' uma publicação que não correu como o pretendido.
De acordo com o jornal Expresso, foi partilhada uma imagem nas redes sociais do Chega que ficou automaticamente associadas à defesa pelos direitos da comunidade LGBTI+.
Na imagem de André Ventura, na qual se lia que Portugal tinha o gasóleo mais caro do mundo (uma afirmação feita na quarta-feira em sede de Parlamento que foi amplamente classificada como falsa), foi usada uma 'hashtag' com a palavra orgulho. Acontece que quem usa a 'hashtag' #orgulho no Instagram ou Facebook vê essa ligação a ganhar as cores do arco-íris, uma associação ao movimento LGBTI+ (pode tirar dúvidas sobre o tema aqui).
“Precisamos da vossa ajuda. A imagem do André que hoje foi partilhada tem na descrição uma hashtag #orgulho. Infelizmente, o Facebook e o Instagram transformam automaticamente a #orgulho com as cores LGBTI. Peço-vos, por isso, e com urgência, que procedam à alteração nas vossas respetivas páginas distritais e concelhias: #orgulho passa a ser #orgulhoemserchega.", lia-se numa mensagem partilhada num grupo de Whatsapp de responsáveis distritais a que o Expresso teve acesso.
Ainda de acordo com o semanário, duas horas depois, já o debate da moção contra o Governo estava avançado, foi enviada uma outra mensagem: aí o partido pedia para apagar mesmo a imagem, uma vez que a afirmação de que Portugal tem o gasóleo mais caro do mundo começou a viralizar como sendo falsa.
O debate e moção de censura ao Governo não foi o único assunto que ocupou a agenda do Chega na quarta-feira, dia em que se realizou o debate à moção de censura ao Governo apresentada pelo partido - e que foi chumbada com a abstenção do Partido Social-Democrata e Iniciativa Liberal, votos contra dos restantes partidos.
Recorde-se que, na quarta-feira, decorreu o debate sobre a moção de Censura ao Governo. A proposta apresentada pelo Chega foi chumbada com as abstenções do Partido Social-Democrata e da Iniciativa Liberal. Os restantes partidos votaram contra.
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