"Não fazer nada pela Justiça é característica marcante desta governação"
Rui Rio comentou as palavras e Catarina Sarmento e Castro sobre dados de um estudo acerca da perceção da corrupção no nosso país. "Com a experiência que tenho 'destas coisas', a minha interpretação das palavras da Sr. Ministra é que ela acha que não é preciso fazer nada; porque os juízes inquiridos estavam sugestionados", afirmou.
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Política Rui Rio
Rui Rio, ex-líder do Partido Social Democrata (PSD) recorreu, esta terça-feira, ao Twitter, para comentar as palavras da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro - que 'relativizou' os dados de um estudo sobre a perceção de corrupção em Portugal, alegando que dizem respeito a 2021, que foi "um ano excecional".
"Com a experiência que tenho 'destas coisas', a minha interpretação das palavras da Sr. Ministra é que ela acha que não é preciso fazer nada; porque os juízes inquiridos estavam sugestionados", considerou o economista, acrescentando: "Não fazer nada pela Justiça, é, aliás, uma característica marcante desta governação".
De recordar que Sarmento e Castro afirmou à agência Lusa que o relatório "acontece em relação há um ano, que foi um ano muito particular em que houve ocorrências excecionais" envolvendo magistrados.
"Naturalmente, essas ocorrências excecionais não poderiam deixar de marcar a perceção que, do ponto de vista do senso comum, têm as pessoas em geral. E os juízes também são pessoas como nós, que vivem inseridos na sociedade", sublinhou ainda a ministra da Justiça.
Com a experiência que tenho “destas coisas”, a minha interpretação das palavras da Sr. Ministra é que ela acha que não é preciso fazer nada; porque os juízes inquiridos estavam sugestionados.
— Rui Rio (@RuiRioPT) August 23, 2022
Não fazer nada pela Justiça, é, aliás, uma característica marcante desta governação. https://t.co/SG9OgQrN8s
Segundo o inquérito da Rede Europeia de Conselhos de Justiça, que contou com as respostas de 15.821 juízes de 27 países, 26% dos 494 magistrados judiciais portugueses inquiridos disseram acreditar que, durante os últimos três anos, houve juízes a aceitar, a título individual, subornos ou a envolverem-se em outras formas de corrupção.
Neste aspeto, Portugal ficou apenas atrás de Itália (36%) e Croácia (30%), igualando a percentagem da Lituânia (26%).
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