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"Ilusões" do Governo fazem "lembrar" cortes do executivo de Sócrates

O líder parlamentar do PSD acusou hoje o Governo de iludir os pensionistas, dizendo que esta atitude "faz lembrar" os cortes feitos pelo executivo de José Sócrates.

 "Ilusões" do Governo fazem "lembrar" cortes do executivo de Sócrates
Notícias ao Minuto

15:42 - 15/09/22 por Lusa

Política Governo

"Faz lembrar o ano de 2011, quando o Governo do PS de José Sócrates colocou no chamado 'PEC4' um corte entre 3,5 e 10% para os pensionistas com pensões acima de 1.500 euros", afirmou Joaquim Miranda Sarmento, no arranque de um debate parlamentar marcado pelo PSD sobre as recomendações do partido para a criação de um Programa de Emergência Social como resposta à crise provocada pela inflação.

Na sua intervenção, o deputado do PSD reiterou a acusação dos sociais-democratas de que o Governo se prepara para fazer "um corte permanente nas pensões no valor de mil milhões de euros", dando "a ilusão" de os estar a apoiar.

O PSD tem contestado a solução do Governo para os reformados, que passa pela atribuição aos pensionistas de um suplemento extraordinário equivalente a meia pensão, pago em outubro, e por aumentos em 2023 entre os 3,53 e os 4,43%, inferiores ao previsto segundo a fórmula de cálculo em vigor.

Em contraponto, Miranda Sarmento defendeu que "a proposta do PSD é clara" ao propor um apoio extraordinário de 160 euros para as pensões mais baixas até final do ano.

"E depois em janeiro de 2023 o aumento previsto na lei, sem cortes nem ilusões", afirmou.

O líder parlamentar do PSD anunciou ainda que o partido vai propor duas alterações à proposta de lei do Governo que vai ser debatida na sexta-feira e que contém a fórmula de cálculo das pensões para o próximo ano.

"Primeira, a atribuição, nos mesmos termos que o Governo definiu para os portugueses na vida ativa, de um apoio suplementar aos pensionistas de 125 euros", disse.

Por outro lado, o PSD quer revogar o artigo dos aumentos das pensões decidido pelo Governo, repondo os aumentos previstos na atual lei, "e que se estima serem em torno de 8 a 9%".

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