"Mais uma vez pude testemunhar hoje aquilo que durante toda a semana sucedeu em vários pontos deste distrito que são as promessas não cumpridas, são os adiamentos sucessivos, com desculpas sucessivas, de investimentos que são, pequenos para a escala nacional que são absolutamente cruciais ara que este território não fique abandonado", disse, em declarações aos jornalistas, em Mangualde.
Luís Montenegro acrescentou que esteve em vários concelhos do distrito de Viseu "onde há investimentos que estão engavetados nas secretárias dos membros do Governo há várias anos, depois de promessas sucessivas, de irem para execução no terreno".
O líder social-democrata falava junto à barragem de Fagilde, em Mangualde, no sexto dia do programa "Sentir Portugal" que realizou desde segunda-feira no distrito de Viseu, o primeiro a acolher esta iniciativa do partido, que tem o domingo como dia livre.
"Em Portugal, nesta barragem de Fagilde, foram prometidas obras em 2017, ano em que também se viveu uma circunstância de seca e que cinco anos depois ficaram, pura e simplesmente, por fazer", acusou.
Luís Montenegro considerou que "isso penaliza e coloca em risco o abastecimento de água do município de Viseu e também de municípios vizinhos" como Mangualde, Nelas, Penalva do castelo e Sátão que a barragem abastece.
"E é uma circunstância que vi repetida a propósito de construção de barragens para o regadio e para a preservação e mesmo o incentivo à produção agrícola, sobretudo no norte do distrito de Viseu", apontou.
Neste sentido, considerou que "isto é muito reflexo dos tempos" que Portugal vive "nos últimos anos" com "muitos anúncios, muito 'show off', muitos 'PowerPoint', muitas promessas" por parte do Governo socialista.
Mas, continuou, "todos os grandes investimentos, e os pequenos, como é o caso deste, que é um pequeno investimento, com muito valor social, todos esses investimentos fiaram cativados na austeridade socialista".
O que, no seu entender, "foi a marca dos últimos sete anos em Portugal e isso está a criar problemas estruturais e que afetam uma diversidade grande de necessidades", nomeadamente no interior do país.
"Temos uma agricultura capaz, viável, por via disso termos mais economia, fixarmos pessoas no território e tentarmos obviar a uma evolução que não tem de ser uma fatalidade, do despovoamento do anterior", defendeu.
Além disso, "há também uma preocupação ambiental, uma preocupação para a produção de energia" para o país não estar "tão dependente e, finalmente, e talvez até mais importante, o abastecimento de água" às populações.
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