"Putin precisou de dizer que 'não está a fazer bluff'… enquanto escala com fake-referendos e 'mobilização parcial'", escreve Ana Gomes estava manhã depois do anúncio de Putin.
Ao presidente da Rússia - que anunciou uma mobilização parcial no país - a antiga diplomata chama de "pândego, raivoso e perigoso".
Perante a mobilização de mais 300 mil russos para a guerra na Ucrânia, a a ex-deputada afirma que é "tempo de darmos asilo a russos que possam fugir da Rússia", bem como "tempo de escalarmos apoio militar e outro à Ucrânia.
Putin precisou de dizer q “não está a fazer bluff”… enquanto escala com fake-referendos e “mobilização parcial”. Um pândego, raivoso e perigoso! Tempo de darmos #asilo a russos q possam fugir da #Rússia. Tempo de escalarmos apoio militar e outro a #Ucrânia. #SlavaUkraini
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) September 21, 2022
Recorde-se ainda que os pró-russos de Kherson, Donetsk, Zaporíjia e Lugansk anunciaram a realização de um referendo sobre a integração na Federação Russa, entre 23 e 27 de setembro.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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