É tempo de Portugal dar "asilo a russos que possam fugir", diz Ana Gomes

Ana Gomes reagiu ao anúncio de Putin, que decretou a mobilização parcial do país. Serão chamados cerca de 300 mil reservistas.

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Marta Amorim
21/09/2022 09:17 ‧ 21/09/2022 por Marta Amorim

Política

Ucrânia/Rússia

"Putin precisou de dizer que 'não está a fazer bluff'… enquanto escala com fake-referendos e 'mobilização parcial'", escreve Ana Gomes estava manhã depois do anúncio de Putin

Ao presidente da Rússia - que anunciou uma mobilização parcial no país - a antiga diplomata chama de "pândego, raivoso e perigoso".

Perante a mobilização de mais 300 mil russos para a guerra na Ucrânia, a a ex-deputada afirma que é "tempo de darmos asilo a russos que possam fugir da Rússia", bem como "tempo de escalarmos apoio militar e outro à Ucrânia.

Recorde-se ainda que os pró-russos de Kherson, Donetsk, Zaporíjia e Lugansk anunciaram a realização de um referendo sobre a integração na Federação Russa, entre 23 e 27 de setembro.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: "O discurso de Putin revela desespero e prenuncia uma escalada"

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