"Respeitarei sempre as escolhas livres dos povos, porque é disso que se trata em democracia, e manifesto preocupação e manifesto também uma total falta de afinidade com as ideias políticas que saíram vencedoras em Itália", declarou o líder da IL, em reação ao sufrágio de domingo.
Cotrim Figueiredo afirmou que, apesar da preocupação, não se pode contestar a escolha dos italianos.
"Foi uma escolha livre dos italianos. É possível fazer uma análise sobre os motivos pelo qual os italianos decidiram como decidiram. Não é possível é contestar a legitimidade dessa escolha", defendeu o líder da IL.
Neste sentido, defendeu a necessidade de se ter "muito cuidado" nas contestações ao resultado, considerando que "muitas vezes a contestação de escolhas livres é que conduz à radicalização dessas escolhas".
"Uma eleição livre, e aqui sublinho o livre, uma eleição livre e informada conduziu a um determinado resultado. Respeita-se, é a democracia. Pessoalmente, e enquanto líder de um partido liberal, só posso lamentar que seja aquele tipo de ideias políticas que tenha ganho as eleições, mas não faço mais comentários", concluiu.
De acordo com resultados parciais das legislativas italianas de domingo, a coligação de direita e extrema-direita - liderada pelo FdI e que reúne ainda a Liga, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Italia, de Silvio Berlusconi - obteve entre 43% dos votos.
O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, deverá ter 26% dos votos.
O partido Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni, foi fundado em 2012 e tem raízes no Movimento Social Italiano (MSI), fundado pelos seguidores do ditador fascista Benito Mussolini.
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