"Temos condições para manter crescimento económico na Madeira"

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou hoje que a região reúne condições para "manter o crescimento económico" e encarar o próximo ano com "algum otimismo".

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Lusa
26/10/2022 21:10 ‧ 26/10/2022 por Lusa

Política

Miguel Albuquerque

"Temos condições para manter crescimento económico na Madeira, apesar de algumas circunstâncias que são imprevisíveis", disse o governante madeirense aos jornalistas à margem de uma visita que efetuou a uma empresa do setor automóvel pesado.

O chefe do executivo insular (PSD/CDS) afirmou que, com o crescimento económico no atual contexto internacional, agravado pela guerra na Ucrânia e pelo aumento o preço da energia, depende da região "manter um bom fluxo de turismo" e o investimento público.

"Vamos reforçar agora no Orçamento [Regional/2023] a devolução de rendimento e apoio às famílias mais vulneráveis. Penso que conseguiremos enfrentar o próximo ano com algum otimismo", declarou.

Albuquerque mencionou que as perspetivas para o setor turístico nos próximos meses, nomeadamente para o Fim do Ano, "são boas", com taxas "não muito longe do que é normal", complementando que no Inverno IATA estarão disponíveis 1,8 milhões de lugares.

Também referiu que estão a operar para a Madeira 43 companhias aéreas.

O governante insular observou que os números do setor do turismo relativos a "outubro são superiores às expectativas" e admitiu alguma quebra no primeiro trimestre de 2023.

"Mas, do ponto de vista dos operadores, estão otimistas porque há uma circunstância que é a situação dos países do centro e norte da Europa. Devido ao preço da energia e do gás, vai fazer com que alguns dos visitantes dos nossos mercados venham passar mais tempo na Madeira", argumentou.

Sobre as medidas de apoio às famílias, indicou ainda que vai ser aprovado um programa destinado a apoiar no crédito à habitação, o qual preconiza uma ajuda de 200 euros mensais.

O executivo da Madeira "vai devolver, no IRS (Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), no próximo ano, com uma redução de 30% nos 3.º e 4.º escalões, 17,5 ME, o que representa um esforço substancial para o Governo Regional, que é dinheiro que não vai cobrar e vai devolver às famílias e à sociedade", complementou.

"Vamos conseguir ultrapassar esta situação de incerteza que decorre de fatores externos", concluiu.

Leia Também: Madeira. Mais um milhão de euros apoiar famílias no crédito à habitação

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