A líder do PAN, Inês de Sousa Real, considerou, esta quarta-feira, que é preciso mudar "urgentemente" de "paradigma na forma como" a sociedade permite "que os animais sejam tratados e explorados".
A posição, veiculada numa série de publicações na rede social Twitter, surge após a associação britânica de direitos dos animais, a Humane League UK, ter divulgado imagens que ilustram em que condições um dos fornecedores da cadeia de supermercados alemã Lidl cria as suas galinhas.
Para a dirigente do partido ecologista, em causa estão "imagens chocantes" que ilustram as "condições deploráveis e os maus tratos a que são sujeitos os animais" criados pelo já referido fornecedor.
Precisamos urgentemente de mudar de paradigma na forma como permitimos que os animais sejam tratados e explorados. Assim como ter presente, que independentemente da finalidade com que são detidos, devem ter direito a uma existência digna e livre do sofrimento.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) November 2, 2022
Mas, segundo Inês Sousa Real, esta "realidade não é exclusiva deste fornecedor. Infelizmente são muitas as práticas, até legais, que condicionam a vida a o bem-estar animal, a par da ausência de mecanismos de fiscalização mais eficazes e da existência de locais de criação e abate também eles ilegais", acrescentou ainda a deputada única do PAN.
A dirigente do partido ecologista considerou ainda que a sociedade, no seu todo, deve ainda "ter presente, que independentemente da finalidade com que [os animais] são detidos, devem ter direito a uma existência digna e livre do sofrimento".
Estes comentários surgem depois de uma investigação conduzida pela organização não governamental espanhola Equalia, que se infiltrou, este verão, num armazém de um fornecedor do Lidl, ter ilustrado as condições em que os animais criados. As imagens vieram agora a público por via da associação britânica de direitos dos animais, a Humane League UK.
Nos galinheiros deste fornecedor, caracterizado por um claro excesso de população, são vários os casos de animais doentes e vítimas de maus-tratos - sendo, muitos deles, incapazes de se levantar do chão e de, simplesmente, caminhar.
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