No final de uma 'maratona' de quatro dias de votações, na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), a oposição sai da especialidade com poucas vitórias, tendo ouvido em mais de 90% das vezes a palavra 'rejeitado'.
A maioria absoluta do PS chumbou isolada cerca de uma centena desses casos, contrariando a unanimidade no voto a favor do PSD, Chega, IL, BE, PCP e dos deputados únicos do PAN e do Livre.
O maior partido da oposição, o PSD, teve a 'fatia de leão' das propostas que não passaram nestas condições: quase metade.
Por seu lado, o ex-parceiro da geringonça PCP foi o segundo partido com mais propostas rejeitadas apenas por força do voto contra do PS, registando mais de duas dezenas.
O PAN segue-se no 'pódio', com quase duas dezenas, logo seguido pelo BE, com quase dez, e o Livre com apenas três.
O Chega, que não teve nenhuma proposta aprovada, também ficou fora deste 'ranking' já que outros partidos acompanharam sempre o PS no voto contra ou optaram pela abstenção.
Já a IL, que neste orçamento foi o partido que submeteu menos alterações, também não teve qualquer proposta 'chumbada' com este critério.
O OE2023 foi hoje aprovado na votação final global com o voto favorável do PS, a abstenção do PAN e Livre e os votos contra dos restantes partidos.
O PAN e o Livre foram os dois partidos que conseguiram aprovar o maior número de propostas de alteração na especialidade, algumas delas depois de mudanças na proposta inicial, com a deputada única Inês Sousa Real a ver serem viabilizadas cerca de 10% das suas propostas, enquanto o deputado único Rui Tavares conquistou o voto favorável do PS em cerca de 20%.
Nesta 'balança', é preciso juntar as medidas do PSD, a IL, o PCP e o BE aprovadas para chegar a cerca de duas dezenas.
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