O dirigente do Livre, Rui Tavares, recorreu na noite de segunda-feira ao Twitter para defender o respeito pelos direitos humanos de Mario Ferri, manifestante que invadiu o campo do estádio Lusail, no Campeonato Mundial do Qatar, durante o encontro entre Portugal e o Uruguai.
"Uma boa coisa que poderíamos fazer seria pressionar as autoridades nacionais a que — mais do que falarem de direitos humanos no Qatar — se assegurem que este homem, qualquer que seja a sua nacionalidade, seja acompanhado e bem tratado, com os seus direitos respeitados, pelos qataris", pode ler-se numa série de publicações veiculada na referida rede social.
Na ótica de Rui Tavares, seria "lamentável que a bela vitória da seleção, que este homem acabou por abrilhantar com três mensagens todas elas corretas, acabasse por resultar em mais graves problemas para ele". Posto isto, acrescentou, Portugal pode "ao menos tentar acompanhar a situação e tentar diligenciar para que ele não seja importunado".
"Pela minha parte conto fazer o possível para que o assunto não seja esquecido, mas estas coisas funcionam melhor quando há a atenção de muitos", acrescentou ainda o dirigente do Livre.
Seria lamentável que a bela vitória da seleção, que este homem acabou por abrilhantar com 3 mensagens todas elas corretas, acabasse por resultar em mais graves problemas para ele. Podemos ao menos tentar acompanhar a situação e tentar diligenciar para que ele não seja importunado
— rui tavares (@ruitavares) November 28, 2022
Pela altura em que Rui Tavares veiculou esta opinião, não se sabia a identidade desde indivíduo - que, acompanhado de uma bandeira LGBTQIA+ e uma camisola onde se lia “Salvem a Ucrânia” e “Respeitem as Mulheres Iranianas”, interrompeu, durante alguns momentos, o jogo em que Portugal acabaria por vencer, por 2-0, a seleção do Uruguai.
Entretanto, soube-se que se tratava de Mario Ferri, um jogador de futebol italiano, de 35 anos de idade, e que é conhecido em Itália como ‘Il Falco’ [O Falcão], segundo reporta a imprensa internacional.
De acordo com a informação avançada por Anton Gerashchenko, o conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, este indivíduo, “em março de 2022, ajudou a retirar mulheres e crianças ucranianas na fronteira com a Polónia”, pouco tempo após o início da invasão russa.
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