"Há uma não vontade de resolver os problemas centrais do país"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, esteve, esta quarta-feira, na Grande Entrevista da RTP3, onde abordou a sucessão de Jerónimo de Sousa, o estado do partido, o Presidente da República, o Governo e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

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© REINALDO RODRIGUES

Notícias ao Minuto
30/11/2022 23:56 ‧ 30/11/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Paulo Raimundo

O novo secretário-geral do Partido Comunista Português, Paulo Raimundo, referiu, esta quarta-feira, que após Jerónimo de Sousa ter adoecido, "surgiram um conjunto de nomes", e, sem rodeios, esclareceu que o antigo secretário-geral do partido um dos nomes que indicou foi o seu.

Entre os membros do partido, "houve um ou outro que se lembrou dessa possibilidade, mas todos acabaram por estar de acordo", disse em declarações na Grande Entrevista da RTP3. No entanto, não atribui o cargo "a nenhum camarada em concreto", esclareceu.

Questionado sobre a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, Raimundo reforçou que "tem cumprido o que a Constituição obriga" com uma "forma particular de exercer o cargo".

Já questionado sobre o Governo atual, elabora que "há uma não vontade de resolver os problemas centrais do país, como a Saúde", dando como exemplo o Orçamento do Estado para 2023 que foi aprovado na semana passada.

"É um problema de vontade, de valorização dos profissionais, e não se resolve só com dinheiro", rematou.

Garantiu ainda que o PCP não mudou o posicionamento perante a guerra, ao referir-se à invasão da Rússia à Ucrânia, e que é necessário encontrar "uma solução de paz para o conflito".
 
"Temos de perceber quem são os intervenientes", sublinhou, afirmando que "estão para lá da Rússia e da Ucrânia, estão entre a NATO, EUA, União Europeia e a Rússia". Para o secretário-geral do PCP, "a guerra não começou a 24 de fevereiro".

Os maus resultados apresentados pelo partido nas legislativas deveram-se, de acordo com o secretário-geral do partido, "a toda uma ação que coloca o PCP numa linha de ataque". "E depois não fazemos tudo bem", destacou Paulo Raimundo, considerando ainda que o partido precisa de "impulso".

Recorde-se que Paulo Raimundo, de 46 anos, foi eleito como secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) no inicio deste mês, após o encerramento do primeiro dia de trabalhos da Conferência Nacional do partido. É o quarto secretário-geral do PCP em democracia.

Leia Também: Paulo Raimundo apoia CGTP: "Trabalhadores merecem respeito e dignidade "

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