"Claro que serei candidato a presidente da Câmara. Serei anunciado no momento próprio. Não tenho o sentimento de missão cumprida e só poderia candidatar-me pelo PS que é o meu partido, como é óbvio", afirmou o autarca.
Vários militantes do PS, incluindo o ex-primeiro-ministro António Costa, criticaram Ricardo Leão depois de ter defendido o despejo "sem dó nem piedade" de inquilinos de habitações municipais que tenham participado nos distúrbios que ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa.
Na sequência desta polémica, Ricardo Leão demitiu-se da presidência da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS.
Questionado hoje pela Lusa sobre as críticas internas, Ricardo Leão ressalvou que "em nenhum momento" o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos", pôs em causa o seu trabalho autárquico e sublinhou o "voto de confiança e de enaltecimento" feito pela comissão política da FAUL.
O anúncio da recandidatura de Ricardo Leão à Câmara de Loures acontece no mesmo dia em que cerca de seis mil militantes socialistas escolhem a eurodeputada Carla Tavares ou o ex-secretário de Estado Miguel Prata Roque para a liderança da Federação de Lisboa do PS.
O atual executivo de Loures é composto por quatro eleitos do PS, incluindo o presidente, quatro da CDU, dois do PSD e um do Chega.
O PS e o PSD estabeleceram um acordo para garantir a estabilidade governativa da Câmara Municipal de Loures, ganha em setembro de 2021 pelo socialista Ricardo Leão sem maioria absoluta.
Leia Também: Carla Tavares e Prata Roque disputam FAUL do PS em intercalares