No que respeita à pescada, após os ministros da tutela da União Europeia (UE) terem chegado hoje a um acordo, os totais admissíveis de capturas (TAC) aumentam 103%, passando a quota para as 4.645 toneladas, com o tamboril a crescer 12% para as 689 toneladas, o areeiro 33%, para as 92 toneladas e o carapau 15%, para as 117.126 toneladas.
Maria do Céu Antunes destacou ainda, em declarações aos jornalistas, a manutenção das quotas de goraz, linguado e raia curva, para as quais estavam propostas reduções, e que representam um impacto financeiro de "10 milhões de euros".
A ministra salientou também ter sido atingido o objetivo de manter a atividade de apanha da enguia no rio Minho.
Em relação ao bacalhau, "foi fixada uma quota trimestral para o arquipélago norueguês de Svalbard e que permite manter a atividade até haver acordo com a Noruega", o que deverá acontecer até março.
Sobre a proposta apresentada no domingo, o primeiro dia de trabalhos, por Portugal, Espanha e França, de se optar por um modela de gestão plurianual em espécies que o permitam, a ministra esclareceu que a discussão foi adiada "sem quadro temporal".
Os ministros das Pescas da UE chegaram hoje a acordo sobre as possibilidades de pesca para 2023, no Atlântico e no Mediterrâneo, e até 2024 para as espécies de águas profundas, em águas geridas pelo bloco.
Depois de dois dias de negociações, que incluiu uma direta de quase 24 horas, o Conselho da União Europeia (UE) conseguiu fechar um acordo sobre os totais admissíveis de captura e as respetivas partições para 2023, e que se estende a 2024 para as espécies de águas profundas, como o goraz e o peixe-espada, 'stock' que levou um corte de 6%.
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