Estas são algumas das ideias plasmadas num capítulo sobre estratégia externa, a que a agência Lusa teve acesso, e que consta da moção global de estratégia com a qual o deputado e dirigente Rui Rocha se apresenta às eleições internas da IL de 21 e 22 de janeiro e que é esta tarde apresentada no Porto.
Estabelecendo como principal objetivo "tirar o PS do Governo e fazer crescer o liberalismo em Portugal", o candidato liberal garante que sabe "as reformas de que o país necessita" e que tem "a coragem de as implementar, mantendo o partido e o país independentes de quaisquer interesses".
"Infelizmente, não podemos dizer o mesmo de outros agentes políticos que devem ser importantes para a mudança do país. O Presidente da República tem sido conivente com a degradação das instituições democráticas e tem exercido este seu mandato comentando temas superficiais e não agindo nos temas essenciais", sustenta.
As críticas de Rui Rocha não ficam por aqui e são também dirigidas ao PSD, que acusa de ter perdido "a sua energia reformista" e de ter "aversão a muitas ideias liberais", representando "uma oposição frouxa ao PS, procurando ser simples alternância em vez de alternativa, competindo pelos lugares no Estado com o PS".
"CH, PCP e BE representam o fascínio pelo poder como ferramenta para esmagar aquilo de que desgostam, apelando aos sentimentos mais superficiais das pessoas e fomentando a divisão e conflitualidade social para ganharem votos. São partidos extremistas que pretendem usar o Estado para impor a sua visão de mundo", acrescenta.
Sobre os objetivos do partido para as três eleições que vão decorrer durante o mandato da comissão executiva liberal que sair convenção eleitoral, o candidato aponta a ambição de "ter representação liberal em todos os parlamentos (Madeira, Açores, Nacional e Europeu), rompendo com o bipartidarismo e percorrendo caminho rumo à meta de 15% desejada para as próximas eleições legislativas".
Assim, Rui Rocha fixa como meta um eurodeputado e dois deputados regionais em cada uma das regiões autónomas, ou seja, na Madeira e nos Açores.
"A Iniciativa Liberal estará preparada para eventuais atos eleitorais antecipados, quer nacionais quer autárquicos, bem como possíveis referendos", assegura.
Segundo a moção, "no caso de eleições legislativas antecipadas, a Iniciativa Liberal ambicionará aumentar o grupo parlamentar" -- atualmente com oito deputados -, elegendo pelo menos em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e também em Leiria e Aveiro".
"A Iniciativa Liberal apresenta-se, regra geral, a atos eleitorais sozinha, recusando coligações pré-eleitorais. Qualquer acordo pré-eleitoral deve ser validado pelos órgãos do partido mediante análise concreta, sobretudo em eventuais Eleições Autárquicas, em respeito pelos princípios do partido", antecipa.
Rui Rocha, Carla Castro e José Cardoso disputam a corrida à sucessão de João Cotrim Figueiredo.
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