PS de Coimbra defende eleições após demissão de Nuno Moita

O presidente da mesa da Comissão Política da Federação de Coimbra do PS, Pedro Coimbra, defendeu hoje a realização de eleições para escolher um novo líder após a demissão de Nuno Moita do cargo.

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Lusa
12/01/2023 17:02 ‧ 12/01/2023 por Lusa

Política

PS

"Parece-me inevitável que haja eleições", declarou à agência Lusa o também deputado Pedro Coimbra, realçando que a presidência da Federação "é um cargo uninominal, com competências próprias", para o qual Nuno Moita foi reeleito no início de novembro de 2022, derrotando o seu adversário na pugna, Victor Baptista.

O antigo deputado João Portugal, opositor de Nuno Moita na sua primeira eleição, integrou há dois meses uma candidatura conjunta com o ex-adversário, tendo assumido o lugar de vice-presidente da Federação de Coimbra.

Na quarta-feira, Nuno Moita, presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, apresentou a demissão da liderança distrital do PS, justificando a decisão com o propósito de "proteger, defender e salvaguardar a imagem do partido", uma semana após ter sido condenado a quatro anos de prisão, com a execução da pena suspensa.

Ao preconizar hoje a realização de novas eleições, Pedro Coimbra valorizou o facto de Nuno Moita "estar ainda na fase inicial do mandato".

Na sua opinião, "é o que faz sentido e foi o que se passou em Viana do Castelo", distrito onde o PS convocou novas eleições para presidente da Federação, na sequência da renúncia do seu então presidente, Miguel Alves, agora ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, por ter sido acusado do crime de prevaricação.

Em Coimbra, "não quer dizer que as eleições sejam já amanhã", cabendo a sua eventual convocação aos órgãos nacionais do partido, segundo Pedro Coimbra.

O presidente da mesa da Federação endereçou a Nuno Moita "um abraço de solidariedade e amizade" e expressou "a convicção da sua inocência e que, a seu tempo e nas instâncias próprias, ele a vai conseguir provar".

No dia 05, Nuno Moita foi condenado em tribunal a uma pena suspensa de quatro anos de prisão, por favorecimento de empresas quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).

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