TAP. PCP diz ser "obrigatório" esclarecimentos sobre privatização

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou hoje que "é obrigatório" que se esclareça o "o golpe" que afirmou ter sido o processo de privatização da TAP, em 2015, e que sejam assumidas responsabilidades pelo negócio.

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Lusa
16/02/2023 18:52 ‧ 16/02/2023 por Lusa

Política

TAP

"Esse golpe, ligado a outros, não pode passar ao lado do esclarecimento. É obrigatório", afirmou o líder comunista, em declarações aos jornalistas em Bencatel, no concelho de Vila Viçosa, distrito de Évora.

Paulo Raimundo, que falava após uma ação de contacto com trabalhadores de uma empresa transformadora de mármores, defendeu que, "independentemente do alargamento do âmbito da comissão de inquérito" sobre a TAP, "é inevitável" um esclarecimento.

"Foi um golpe feito por quem fez o negócio, mas ninguém foi enganado", ou seja, "nove milhões e tal foram enganados e há umas dezenas que não foram enganados", sublinhou, considerando que "há que assumir essas responsabilidades".

Assinalando que os comunistas propuseram "alargar o âmbito da comissão de inquérito" sobre a gestão da transportadora aérea para "voltar até esse ponto", o secretário-geral do PCP lamentou que PS e Bloco de Esquerda tenham recusado essa proposta.

O PS já disse que quer ouvir ex-governantes que fizeram parte do Governo liderado por Passos Coelho, após ter sido noticiado que a privatização da TAP, em 2015, terá sido ganha pelo ex-acionista David Neeleman com dinheiro da própria companhia aérea.

No contacto com trabalhadores da Empresa Transformadora de Mármores do Alentejo (ETMA), junto às instalações da empresa em Bencatel, Paulo Raimundo ouviu queixas de quem quer a reforma antecipada e lhe é negada ou adiada.

"Não há nenhuma razão para a estes trabalhadores, que estão à beira de consagrar um direito que outros já o consagraram, serem negadas as suas reformas", afirmou o líder do PCP, nas declarações aos jornalistas.

O dirigente comunista admitiu que "talvez seja uma coincidência" que as recusas ou atrasos dos processos de reforma antecipada a estes trabalhadores tenham começado na altura em que o PS conquistou a maioria absoluta.

"É uma coincidência que, até há pouco tempo, os trabalhadores, nas condições que estão previstas na lei, tinham acesso à reforma antecipada e, agora, há um conjunto de procedimentos que está a atrasar esse processo, nalguns casos, há mais de dois anos", acrescentou.

A ação de contacto junto dos trabalhadores da ETMA inseriu-se na campanha "Mais força aos trabalhadores", do PCP, que decorre até maio.

Leia Também: Privatização da TAP. PS quer audições a Pires de Lima e Sérgio Monteiro

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