Habitação. Raimundo diz que medidas "não resolvem" problemas no presente

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu hoje que o pacote de medidas para a habitação do Governo "não resolve" os problemas dos portugueses no presente, apesar das "boas intenções" para o futuro.

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Lusa
17/02/2023 18:43 ‧ 17/02/2023 por Lusa

Política

PCP

"Podemos dizer que há um conjunto de, eventualmente, boas intenções para o futuro, mas do ponto de vista do presente, do dia de amanhã, não resolve nenhum dos problemas com que estamos confrontados", disse aos jornalistas o dirigente comunista, à margem da ação "Mais força aos trabalhadores", em Albufeira, que contou com trabalhadores da hotelaria no Algarve.

Questionado sobre se considera que as medidas previstas no programa Mais Habitação, apresentadas na quinta-feira, são suficientes para resolver a crise da habitação, Paulo Raimundo respondeu que não, lamentando ainda que o pacote praticamente não contemple a questão da subida das prestações dos créditos habitação.

"Eu julgo que não, porque o Governo optou por não enfrentar nenhum dos problemas com que nós nos confrontamos. E, desde logo, com um problema central, diria assim. É um plano de ação a olhar para o futuro, isso é importante, ter um plano de futuro, só que os problemas colocam-se todos os dias", referiu.

Sobre a subida das prestações nos créditos à habitação, e as suas consequências no nível de vida dos portugueses, o secretário-geral do PCP considerou que a resposta do Governo ficou "muito aquém" das necessidades.

"No meu entender, as questões até do arrendamento, tudo aquilo que é central, nomeadamente na lei dos despejos, na lei da 'troika', da lei Cristas, também não mexeu em nada desse ponto de vista", concluiu.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro apresentou um pacote de medidas, estimado em 900 milhões de euros, para responder à crise da habitação em Portugal com cinco eixos: aumentar a oferta de imóveis utilizados para fins de habitação, simplificar os processos de licenciamento, aumentar o número de casas no mercado de arrendamento, combater a especulação e proteger as famílias.

O programa Mais Habitação foi aprovado em Conselho de Ministros e ficará em discussão pública durante um mês. As propostas voltarão a Conselho de Ministros para aprovação final, em 16 de março, e depois algumas medidas ainda terão de passar pela Assembleia da República.

O PCP iniciou hoje no Algarve a ação "Mais força aos trabalhadores", que se desenvolve em empresas e locais de trabalho, até ao fim de maio, com distribuições de folhetos em vários locais de trabalho.

Os objetivos da ação são, entre outros, afirmar a "urgência do aumento geral dos salários, o respeito pelos horários e a passagem a efetivo dos trabalhadores que são temporários".

Leia Também: Do "abuso" à proposta "roubada". Os partidos e as medidas para habitação

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