Marcelo diz que só verificou que Passos "falou no seu futuro político"
O Presidente da República sublinhou hoje que não "interfere na vida partidária" e rejeitou especular sobre um eventual regresso à vida política de Pedro Passos Coelho, afirmando que apenas verificou que o ex-primeiro "falou no seu futuro político".
© Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República
Política Passos Coelho
Em declarações aos jornalistas na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado se considera que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho tem melhores condições do que Luís Montenegro para liderar o PSD.
"Eu não me pronuncio sobre essas questões, eu limitei-me a assistir a uma sessão na qual o antigo primeiro-ministro e antigo líder do PSD falou no seu futuro político", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, numa alusão a um jantar, na segunda-feira à noite no Grémio Literário, em que, segundo o Expresso, o Presidente da República, após ouvir um discurso de Passos Coelho, terá considerado que valia a pena fixar esse dia, uma vez que o ex-primeiro-ministro tinha falado no seu futuro político.
Hoje, o Presidente da República referiu que, nesse encontro, foi questionado sobre o futuro político de Passos Coelho, tendo respondido que não sabe e que "é o próprio que decide a oportunidade, se, quando, como".
"Eu limito-me a verificar que ele falou no seu futuro político. Agora, em que cargo e de que maneira, não é o Presidente da República que se substitui à escolha de eventuais líderes ou candidatos a líderes do que quer que seja", reforçou.
Questionado novamente se Passos Coelho é uma "melhor alternativa" do que Luís Montenegro para liderar o PSD, Marcelo reiterou: "Quem elege o líder de um partido são os militantes do partido, o Presidente não interfere na vida partidária".
Na terça-feira, o Expresso noticiou que, no jantar no Grémio Literário que juntou o Presidente da República e o ex-líder do PSD, Passos Coelho mencionou o seu "horizonte político".
De acordo com o Expresso, o antigo líder do PSD apontou a falta de um desígnio para o país, mencionou o seu "horizonte político" e o chefe de Estado, que discursou depois, assinalou que "vale a pena fixar este dia", em que Passos Coelho "definiu a sua vida política e pessoal, falando do futuro".
"Se as coisas correrem como é suposto, vale a pena fixar o dia de hoje", assinalou Marcelo Rebelo de Sousa.
Num discurso centrado no futuro da União Europeia, Passos Coelho tinha dito que, para "desespero de alguns", não haverá "uma espécie de união orçamental e de dívida, nem governo europeu que reaja aos choques coletivos de forma agregada". Depois, concretizou: "Não o teremos nos anos mais próximos e não o antecipo no horizonte da minha vida política e pessoal.".
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