PAN diz que medidas do BCE "colocam famílias em situação muito frágil"
A líder do PAN pediu uma maior intervenção do Governo e atacou o BCE por uma decisão "incompreensível" que vai contra o projeto europeu.
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Política BCE
A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) já reagiu ao anúncio do Banco Central Europeu (BCE), sobre a subida das taxas de juros em meio ponto percentual, criticando a organização por "colocar as famílias numa situação muito frágil".
Para Inês de Sousa Real, deputada única do PAN, este novo aumento "exige uma ação mais contundente da parte do Governo e as medidas anunciadas não chegam".
"A economia dos Estados-membros não é toda igual e falar em resiliência não basta! Estamos a assistir a uma asfixia das famílias, com consequências na economia que vão levar anos a recuperar", afirmou.
Uma vez mais o BCE coloca as famílias numa situação muito frágil. Este novo aumento exige uma ação mais contundente da parte do Governo e as medidas anunciadas não chegam. A economia dos estados membros não é toda igual e falar em resiliência não basta!https://t.co/exwGcoW6Wp
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) March 16, 2023
A líder do partido ambientalista classificou como "incompreensível" a decisão do BCE, especialmente "depois de uma pandemia que afetou a saúde e economia global, em plena guerra com efeitos na inflação e no custo de vida".
"O projeto europeu deve ser verdadeiramente solidário e não contribuir para o empobrecimento das famílias", disse.
Inês de Sousa Real defendeu ainda que "é precisa ação junto das instituições europeias para que travem este desvario do BCE e que Mário Centeno, enquanto representante de Portugal no BCE, se oponha à medida", deixando assim um apelo ao governador do Banco de Portugal.
Esta tarde, o BCE anunciou o aumento das taxas de juro, apesar da grande agitação dos última semana no setor bancário, nomeadamente perante o colapso do SVB e da instabilidade no Credit Suisse.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que "o setor bancário da área do euro é resiliente, apresentando posições de capital e liquidez fortes", e garantiu que está "a acompanhar de perto as atuais tensões no mercado e está preparado para responder conforme necessário, no sentido de preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na área do euro".
Lagarde, defendeu ainda que os governos devem reduzir "rapidamente" os apoios às famílias e às empresas, de modo a conter o aumento da inflação.
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