PAN diz que medidas do BCE "colocam famílias em situação muito frágil"

A líder do PAN pediu uma maior intervenção do Governo e atacou o BCE por uma decisão "incompreensível" que vai contra o projeto europeu.

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Hélio Carvalho
16/03/2023 14:49 ‧ 16/03/2023 por Hélio Carvalho

Política

BCE

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) já reagiu ao anúncio do Banco Central Europeu (BCE), sobre a subida das taxas de juros em meio ponto percentual, criticando a organização por "colocar as famílias numa situação muito frágil".

Para Inês de Sousa Real, deputada única do PAN, este novo aumento "exige uma ação mais contundente da parte do Governo e as medidas anunciadas não chegam".

"A economia dos Estados-membros não é toda igual e falar em resiliência não basta! Estamos a assistir a uma asfixia das famílias, com consequências na economia que vão levar anos a recuperar", afirmou.

A líder do partido ambientalista classificou como "incompreensível" a decisão do BCE, especialmente "depois de uma pandemia que afetou a saúde e economia global, em plena guerra com efeitos na inflação e no custo de vida".

"O projeto europeu deve ser verdadeiramente solidário e não contribuir para o empobrecimento das famílias", disse.

Inês de Sousa Real defendeu ainda que "é precisa ação junto das instituições europeias para que travem este desvario do BCE e que Mário Centeno, enquanto representante de Portugal no BCE, se oponha à medida", deixando assim um apelo ao governador do Banco de Portugal.

Esta tarde, o BCE anunciou o aumento das taxas de juro, apesar da grande agitação dos última semana no setor bancário, nomeadamente perante o colapso do SVB e da instabilidade no Credit Suisse.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que "o setor bancário da área do euro é resiliente, apresentando posições de capital e liquidez fortes", e garantiu que está "a acompanhar de perto as atuais tensões no mercado e está preparado para responder conforme necessário, no sentido de preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na área do euro".

Lagarde, defendeu ainda que os governos devem reduzir "rapidamente" os apoios às famílias e às empresas, de modo a conter o aumento da inflação.

Leia Também: BCE? "Pronto para responder da forma necessária para manter estabilidade"

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