"Queria anunciar-vos aqui que o Chega tenciona usar o seu direito potestativo para obrigar e forçar Fernando Medina a ir ao parlamento o mais breve possível, com caráter de extrema urgência", afirmou André Ventura.
Em declarações aos jornalistas à entrada para um jantar do partido no concelho de Câmara de Lobos, na Madeira, Ventura defendeu que Fernando Medina deve indicar que produtos do cabaz alimentar deixarão de ter imposto sobre o valor acrescentado, "que acordo foi feito com a distribuição", assim como qual "é o conceito de famílias vulneráveis".
"São os que recebem prestações sociais? A classe média fica de fora destes apoios?", questionou.
André Ventura pretende também saber se o aumento de um por cento nos salários dos funcionários públicos "tem retroativos" e se "as pensões estão de fora".
"Acho que é da elementar justiça que o país conheça e que o país saiba rapidamente que medidas são estas. Se não, o Governo limita-se a fazer grandes conferências de imprensa, muito pomposas, com muita gente e com muitos jornalistas, mas que não servem para nada e que ninguém sente que valham alguma coisa", defendeu.
"Portanto, o repto que eu deixo é que Fernando Medina explique isto rapidamente. Como suspeito que não o vai fazer, o Chega vai obrigá-lo a ir ao parlamento explicar isto, se possível já na próxima semana", reforçou.
O Governo anunciou na sexta-feira a redução para zero do IVA dos bens alimentares essenciais, o aumento de um por cento dos salários da função pública, um apoio mensal de 30 euros às famílias mais pobres e um complemento extraordinário de 15 euros por criança e jovem para os beneficiários do abono de família.
[Notícia atualizada às 22h04]
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