Políticos (quase) unânimes sobre ataque em Lisboa. Tweets e 'comparações'

Líderes de partidos nacionais mostraram solidariedade com as famílias das vítimas, condenando o ataque. Mas houve um, André Ventura, que não alinhou pelo mesmo diapasão: "Só se preocupou consigo", considerou Pedro Filipe Soares, deputado pelo Bloco de Esquerda.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
30/03/2023 09:06 ‧ 30/03/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Ataque em Lisboa

Pedro Filipe Soares, deputado pelo Bloco de Esquerda, publicou, na rede social Twitter, uma mensagem onde mostra e 'compara' as reações dos líderes políticos portugueses ao ataque que, na terça-feira, fez dois mortos no Centro Ismaili, em Lisboa.

As condolências e o repúdio pelo ataque - assim como uma palavra à família das vitimas - foram o 'tom' das mensagens de António Costa, primeiro-ministro e líder do PS, Luís Montenegro, do PSD, Catarina Martins, do BE, Rui Rocha, da IL, Rui Tavares, do Livre, e Inês de Sousa Real, do PAN.

Contudo, um líder, André Ventura, do Chega, não 'alinhou' pelo mesmo diapasão, criticando a "política de portas abertas sem qualquer controlo" e considerando que "o sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão". 

"Face à tragédia, todos se preocuparam com as vítimas, as suas famílias e a comunidade Ismaelita. A única exceção foi o Chega. Ventura não lhes deu uma palavra. Só se preocupou consigo", considerou Pedro Filipe Soares na rede social, acrescentando que "as imagens valem mais de mil palavras: expõem a demagogia política e o abjeto oportunismo". 

Leia, em seguida, o comentário e as mensagens - como publicadas pelo parlamentar: 

De recordar que Abdul Bashir, um afegão que foi detido e que está hospitalizado no Curry Cabral após ter sido baleado pela polícia, matou Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49 anos, na passada terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa. 

Bashir terá vindo da Grécia para Portugal, depois de ter perdido a mulher num campo de refugiados naquele país. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, confirmou que o homem, "relativamente jovem", tem três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos. As crianças estão provisoriamente numa instituição, mantendo o contacto com a comunidade e as rotinas escolares. 

Leia Também: "Obrigado". Centro Ismaili "agradece as mensagens solidárias e de apoio"

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