Líder do PAN acusa críticos de "desrespeito pelo trabalho" do partido
A porta-voz do PAN e recandidata à liderança defendeu hoje que existe democracia e pluralidade de opinião dentro do partido e acusou os críticos de "desrespeito pelo trabalho" desenvolvido pelos atuais dirigentes.
© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
Política Inês de Sousa Real
Em declarações à agência Lusa, Inês de Sousa Real afirmou que "não só existe democracia como existe também pluralidade de opinião e respeito por esta diversidade dentro do partido".
Ainda assim, salientou que em democracia "se existe uma maioria que prevalece, essa decisão também tem de ser respeitada, sem prejuízo, evidentemente, de respeitar aquela que é auscultação das demais posições".
"Dizer que o PAN está remetido à irrelevância política não só é um profundo desconhecimento do trabalho que tem sido feito, como até é um desrespeito pelo trabalho, não apenas na Assembleia da República, mas nas autarquias locais, assembleias municipais e assembleias de freguesia, nas regiões autónomas" onde o PAN está "a fazer avançar" os seus valores, acusou.
A porta-voz foi questionada sobre críticas do ex-deputado Nelson Silva - que também se vai candidatar à liderança do partido com o apoio da corrente "Mais PAN, agir para renovar" - à atuação da atual direção (da qual fez parte até se demitir).
Em declarações a vários órgãos de comunicação social na semana passada, Nelson Silva falou em falta de democracia interna, disse ter receio de que o partido caminhe para a "irrelevância política" e criticou a abstenção na votação do Orçamento do Estado na sequência de "escassos ganhos".
A deputada considerou que o PAN "é o partido da oposição que mais propostas tem aprovadas". Um partido deve "fazer questão de ter aprovações", argumentando que "'show off' não é aquilo que faz reduzir as contas das famílias no final do mês, não é isso que combate a crise climática", assinalou.
"Temos feito oposição com compromisso e com sentido de responsabilidade", salientou.
Sobre a candidatura opositora, a líder do PAN considerou que "as oposições internas fazem parte dos partidos que são democráticos e, portanto, num partido que respeita a democracia é saudável que exista mais do que uma corrente".
Sousa Real afirmou que a atual direção "está bastante coesa, há uma união" e disse esperar que "o partido saia mais forte, mais unido" deste congresso "e, acima de tudo, focado naquilo que é o seu trabalho em prol das causas que representa".
"O PAN é demasiado importante para a nossa democracia para se perder em questões internas e, portanto, se for de facto essa a vontade dos filiados, a minha eleição, aquilo que será um dos meus compromissos é contar com todos e com todas para trabalharmos em prol do PAN e deste grande projeto e ideário político para o nosso país", salientou.
A deputada defendeu que "o mais importante é que, seja qual for o resultado do congresso, que haja união e sentido de compromisso e responsabilidade para com este projeto político".
A porta-voz do PAN anunciou hoje que vai recandidatar-se à liderança do partido no próximo congresso que deverá acontecer em junho, com o objetivo de "ampliar a voz e a representação do partido" e voltar a eleger deputados na Madeira e para o Parlamento Europeu.
A data e o local do próximo congresso serão definidos hoje à noite em reunião da Comissão Política Nacional por proposta da comissão organizadora, que já foi nomeada. Além da eleição dos novos órgãos, esta reunião magna deverá discutir e aprovar alterações aos estatutos do PAN.
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