Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, “é manifesto” que as coisas não estão a correr bem ao Governo.
Depois de uma entrevista ao jornal Público, onde diz que Marcelo “não pode deixar de estar a ponderar” a dissolução do Parlamento, Santana Lopes reitera as declarações, desta vez à SIC.
"Disse que devia estar a ponderar porque tudo o que se tem passado é tão complicado que acho que até o primeiro-ministro deve estar a fazer contas à vida, a ponderar a situação”, afirmou, reiterando que não o diz por gosto ou por oposição ao Governo
Como cidadão, diz, "de facto, as coisas têm batido num ponto que é difícil ir um pouco mais fundo".
"Não é por nenhuma vingança do que me aconteceu em 2004, obviamente, qualquer comparação é ridícula. O primeiro-ministro com certeza quer fazer bem, mas as coisas não têm corrido bem, é manifesto", explicou ao canal de televisão.
Santana, que, recorde-se, passou por uma dissolução do Parlamento, refere que a solução passava por "este primeiro-ministro, que ganhou eleições há um ano, apresentar um novo Governo, [porque] ir para eleições nesta altura é complicado, é arriscado. (…) Agora, não tenho dúvidas de que o Presidente está a ponderar isso, tem de fazê-lo, porque isto assim não pode continuar".
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