"PS e Chega cada vez mais juntos. Mostram ambos impreparação, ligeireza e imaturidade. Anunciar uma moção de censura com seis meses de antecedência é tão aberrante como ter nacionalizado a TAP para depois privatizar. Um bom Governo e uma boa oposição não são isto", escreveu Luís Montenegro, numa mensagem na sua conta oficial da rede social Twitter.
Este 'tweet' foi colocado momentos depois de André Ventura ter desafiado o líder do PSD a apresentar uma moção de censura ao Governo, por considerar que existe uma "degradação permanente e evidente das instituições" e que se chegou a um "grau zero da política".
Ventura afirmou que, se o PSD não o fizer antes, o Chega apresentará uma moção de censura na próxima sessão legislativa. O Chega não o pode fazer antes dos primeiros dias de setembro uma vez que já usou esse direito na presente sessão e a iniciativa foi chumbada.
Hoje de manhã, Luís Montenegro já tinha considerado que a resposta do primeiro-ministro sobre a TAP "não é habilidade, é fuga às responsabilidades", questionando se António Costa só acha gravíssimo o e-mail do ex-secretário de Estado Hugo Mendes.
PS e Chega cada vez mais juntos. Mostram ambos impreparação, ligeireza e imaturidade. Anunciar uma moção de censura com seis meses de antecedência é tão aberrante como ter nacionalizado a TAP para depois privatizar. Um bom Governo e uma boa oposição não são isto.
— Luís Montenegro (@LMontenegroPSD) April 10, 2023
Montenegro reagia à notícia da agência Lusa, que deu conta de que o primeiro-ministro considera gravíssimo o e-mail que o ex-secretário de Estado Hugo Mendes enviou à presidente executiva da TAP sobre o chefe de Estado e afirma que teria obrigado à sua demissão na hora.
"Só acha isto gravíssimo?? Então fazer reunião entre CEO, PS e Governo para preparar audição, ter ministro e ex-ministro a faltar à verdade, ser o Governo a preparar as respostas da TAP, isso é tudo normal??", questionou o líder do PSD.
Para Luís Montenegro, "isto não é habilidade, é fuga às responsabilidades".
António Costa respondeu à agência Lusa antes de partir para uma visita de dois dias à Coreia do Sul, depois de questionado sobre o teor do polémico e-mail do ex-secretário de Estado das Infraestruturas, que se tornou público na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP.
"Como ainda não parti, respondo a essa questão de política interna. Cada instituição tem o seu tempo e este é o tempo da Assembleia da República apurar a verdade, toda a verdade, como tenho dito, doa a quem doer", declarou o líder do executivo.
António Costa referiu que "não conhecia" esse e-mail "e, se tivesse conhecido, teria obrigado o ministro [das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos] a demiti-lo, na hora".
"É gravíssimo do ponto de vista da relação institucional com o Presidente da República e inadmissível no relacionamento que o Governo deve manter com as empresas públicas", acentuou.
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